Segmento tem compensado boa parte do recuo do fornecimento às montadoras
Omercado de reposição tem sido um remédio mais que oportuno para os fabricantes de autopeças em ano de pandemia. Pelo último levantamento do Sindipeças, as empresas do setor faturaram R$ 178,6 milhões com peças de reposição, quase 20% a mais do que em igual mês do ano passado.
Mesmo com todos as dificuldades geradas por linhas de produção e vendas paralisadas durante semanas, além de lojas com horários de funcionamento limitados por conta do isolamento social, as vendas para o segmento recuaram somente 7,2% nos nove primeiros meses do ano, enquanto que o mercado de veiculos novos encolheu 32% no mesmo período.
Esse comportamento tem refletido na participação do segmento no faturamento de vários fabricantes. A Meritor, produtora de eixos e sistemas de direção para veículos comerciais, é um deles. “A previsão é fechar o ano com 20% de crescimento nas vendas em relação ao ano passado”, comemora Gerson Backrany, gerente nacional de vendas de aftermarket.
O bom desempenho, afirma a empresa, reflete também planejamento para o segmento revisto a cada três anos. Taynara Silva, supervisora de supply chain para o aftermarket da Meritor na América do Sul, destaca que a estratégia resultou em índice de disponibilidade de produtos de 91%.
“Nível excelente, principalmente diante de cenário pandêmico”, enfatiza a executiva, que aponta o serviço “Entrega Expressa” para remessas em até 24 horas como um dos fatores que ajudaram as repsostas rápidas às demandas dos clientes.
A Eaton, fornecedora de transmissões, reconhece que a reposição tem suavizado os impactos da pandemia sobre a produção e vendas. A empresa diz ter aproveitado para ampliar penetração em novos mercados, fortalecer canais de distribuição e melhorar a eficiência operacional para o segmento nos últimos meses.
Os investimentos em novos produtos foi outro pilar de sustentação dos negócios na reposição. Perto de 350 novos itens foram adicionados ao portfólio exclusivo para o segmento no período.
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Sem revelar números, a Eaton afirma que tem crescido “acima da média do mercado, superando os números de 2019” e que deve fechar o ano com alta próxima de dois dígitos. Já para 2021, a evolução já é estimada em dois dígitos, segundo Carlos Carvalho, diretor de aftermarket:
“Claro que ainda trabalhamos com incertezas em relação à demanda real do mercado, afinal existem dúvidas sobre a extensão dos incentivos concedidos pelo governo durante o período mais acentuado da pandemia. Mas, ainda assim, enxergamos um cenário bastante positivo e promisso”.
Carvalho lembra também que restrições na cadeia de fornecimento criaram dificuldade adicional para as montadoras no atendimento da demanda por veículos zero quilômetro, o que, por outro lado, aqueceu a busca por peças e serviços de reposição para modelos usados.
Foto: Divulgação
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