Levantamento da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, indica que as vendas totais do setor se recuperaram nos últimos meses, mas não o suficiente para reverter totalmente a queda registrada no primeiro semestre e deflagrada pela pandemia da Covid-19.
De janeiro a novembro, foram negociados no mercado interno quase 47 milhões de pneus, 14,7% menos do que em igual período do ano passado. O segmento de carros de passeio é o de pior desempenho, com queda de quase 21%, seguido pelo de comerciais leves, menos 16%.
Os segmentos de pneus de carga e de motocicletas já estão bem próximos dos resultados registrados no ano passado, com retração de somente 3,9% e 2,9%, respectivamente.
Diante desses resultados, os fabricantes calculam que o setor deve encerrar 2020 com queda média de 10%.
Em novembro, as fabricantes negociaram 5,4 milhões de pneus, crescimento de 1,3% com relação ao mesmo mês de 2019 e o terceiro melhor resultado mensal do ano, muito próximo dos números de setembro e outubro, quando foram vendidas 5,6 milhões de unidades.
As entregas às montadoras foram as que mais cresceram no mês passado: superaram 1,3 milhão de pneus, 7,1% acima de novembro de 2019. Já a reposição absorveu 4,1 milhões, ligeiro recuo de 0,5%.
” Os números mostram uma boa reação, especialmente após os meses de queda extraordinária de abril, maio e junho, que foram seguidos de alguns recordes de produção em um típico “efeito chicote”, afirma o presidente-executivo da ANIP, Klaus Curt Müller.
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