Mercado

Fenabrave prevê alta de 16% nas vendas de veículos

Queda de 26,2% em 2020 reflete paralisações na pandemia e também a falta de produtos no segundo semestre

Com desempenho melhor do que o esperado no início da pandemia, mas aquém do que o mercado poderia ter absorvido não fosse a falta de produtos, o setor automotivo amargou queda de 26,2% nas vendas de veículos leves e pesados, encerrando 2020 com total de 2.058.315 unidades emplacadas, ante as 2.787.618 de 2019.

Diante desse balanço, que contempla dados do Renavam, a Fenabrave divulgou nesta terça-feira, 5, as projeções de vendas para este ano, estimando alta de 16% no mercado como um todo, o que representará, se concretizado, mais de 2 milhões e 387 mil unidades. A entidade estima que o segmento de automóveis e comerciais leves crescerão 15,8%, enquanto as de caminhões terão alta maior, de 21,7%, e as de ônibus terão expansão de 8,2%.

“Os principais fatores que influenciaram a recuperação das vendas no segundo semestre foram a manutenção da taxa de juros em um patamar baixo e o auxílio emergencial oferecido pelo Governo Federal, que colaboraram para o aquecimento do comércio e para a baixa inadimplência. Com isso, melhorou a oferta de crédito, favorecendo a tomada de decisão para a aquisição de veículos”, comentou o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

O mercado só não foi melhor, sesgundo o executivo, por causa da crise enfrentada pelas montadoras, que tiveram problemas com falta de peças e componentes e tiveram de reduzir produção em função das regras de distanciamento social em suas unidades unidades fabris. O reflexo desse quadro é a falta de alguns modelos de automóveis e comerciais leves, assim como de caminhões e motos.

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O segmento de automóveis e comerciais leves emplacou em 2020 total de 1.950.889 unidades, contra 2.658.692, no ano anterior, uma queda de 26,62%. No caso dos caminhões, as vendas totalizaram 89.207 emplacamentos, recuo de 12,31% em relação a 2019 (101.733 unidades).

“Os fabricantes de caminhões tiveram muita dificuldade para atender à demanda, por conta da retração da produção, provocada pela pandemia. A boa oferta de crédito e a melhora dos preços das commodities são fatores positivos, que impulsionaram e continuam mantendo a procura aquecida”, reforçou Assumpção Júnior.

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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