Após amargar queda de 31,6%% na produção em 2020, a indústria automotiva projeta recuperar parte do volume perdido este ano, projetando uma alta de 25% em 2021 sobre os 2.014.055 veículos fabricados no ano passado, o que representaria perto de 2.520.000 unidades .
Um número ainda bem aquém do registado em 2019, antes, portanto, da pandemia, que foi de 2,94 milhões. Em um ano, foram perdidos 5,1 mil postos de trabalho nas fábricas de veículos e de máquinas agrícolas e rodoviárias, com o setor encerrando 2020 com um quadro de 120,5 mil funcionários.
Ao divulgar as projeções para o ano que se inicia, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, fez questão de frisar que “a neblina ainda continua no horizonte”, ou seja, o crescimento estimado para a produção, assim como a estimativa de alta de 15% nas vendas internas e de 9% nas exportações, depende de algumas variáveis, com possibilidade de revisões pela frente.
“Nunca foi tão difícil projetar os resultados de um ano, pois temos uma neblina à nossa frente desde março, quando começou a pandemia”, comentou Moraes, lembrando que, infelizmente, observa-se uma segunda onda da Covid-19 em países do hemisfério norte, que parece ter chegado também ao Brasil. Sabemos que uma imunização pela vacina será um processo demorado, que tomará quase todo o ano, impedindo uma retomada mais forte da economia”.
Além disso, o presidente da Anfavea destacou que não é possível ignorar outros problemas, como a pressão de custos, o real desvalorizado, as necessidades urgentes de reformas e “surpresas desagradáveis como o aumento do ICMS paulista”.
Segundo Moraes, as montadoras têm se esforçado para adequar a produção à demanda, tanto é que fabricaram 209.296 unidades em dezembro, volume 22,8% superior ao do mesmo mês de 2019. Houve queda em relação a novembro, de 12,1%, por causa do menor número de dias úteis e de férias coletivas em algumas montadoras.
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Com a produção de 2020 beirando os 2 milhões de veículos, a indústria automotiva opera atualmente comum ociosidade técnica de 3 milhões de unidades. Com base em dados preliminares, a Anfavea estima que o Brasil cairá da oitava para a nova posição no ranking dos maiores produtores de automóveis do mundo, sendo superado pela Espanha.
Foto: Pixabay
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