As exportações de veículos seguiram ladeira abaixo em 2020 e cravaram seu pior resultado das últimas duas décadas. Seguiram para outros mercados, sobretudo de países sul-americanos, somente 324 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, sensível recuo anual de 24,3%.
Em dezembro, foram exportados 38,4 mil veículos, queda de 12,7% na comparação com novembro e crescimento robusrto de 32,4% frente a dezembro de 2019.
A pandemia não pode ser apontada, segundo os fabricantes, como o único motivo para mais um tombo da atividade. Ela apenas agravou o quadro de deteriorização no número de embarques verificado nos últimos anos. Em 2017, o Brasil exportou 766 mil veículos, recuando para 629 mil no ano seguinte e 428 mil em 2019.
“É preciso lembrar que temos, sim, um problema de competitividade”, ressaltou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, nesta quinta-feira, 7.
As expectativas da entidade que reúne as montadoras não são muito melhores para 2021, ainda que a forte desvalorização do real frente ao dólar possa ajudar em parte. As fábricas esperam exportar 353 mil veículos ao longo deste ano, apenas 8% a mais do que no ano passado.
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Responsáveis pela grande maioria dos embarques, automóveis e comerciais leves, que somaram 307 mil unidades em 2020, têm projeção de 333 mil para 2021, 8% a mais, enquanto os veículos pesados, devem alcançar 20 mil, crescimento de 16%.
A evolução do faturamento seguirá o mesmo patamar, devendo beirar os US$ 9 bilhoes, somente 9% a mais do que no ano passado, quando foram arrecadados US$ 7,4 bilhões. Os valores, contudo, levam em conta ainda as exportações de 8,6 mil máquinas agrícolas e rodoviárias em 2020 e a projeção de outras 9 mil este ano.
Foto: Divulgação