A indústria de implementos rodoviários não pode reclamar de 2020. Enquanto outros setores do transports amargaram recuos de até dois dígitos, os emplacamentos desses equipamentos tiveram ligeira elevação com relação a 2019.
No ano passado foram negociados no Brasil 122 mil implementos, 0,77% a mais. “O resultado mostra como o mercado reagiu em alguns segmentos, o que resultou na estabilização das perdas de forma geral”, analisa Norberto Fabris, presidente da Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.
O bom desempenho de setores como agronegócio, responsável por mais de 40% dos negócios de implementos pesados, construção civil, com a retomada de lançamentos residenciais e obras de infraestrutura, e transporte de remédios e alimentos foi apontado como principal fator da recuperação da indústria, na avaliação da entidade.
O segmento de reboques e semirreboques respondeu por pouco mais da metade das vendas, com 67 mil unidades, 6% a mais do que o volume apurado em 2019. Já as carrocerias sobre chassis, mais ligadas às atividades de distribuição, ainda se mantiveram em curva descendente e recuaram 5%, somando 54,5 mil unidades negociadas.
O presidente da Anfir espera um resultado ainda superior em 2021 para o setor, com a recuperação de outros segmentos que não apenas o de reboque e semirreboques.
“A expectativa é que mais segmentos se juntem a esses pilares da recuperação do setor e também reajam positivamente. Esperamos registrar em 2021 crescimento entre 8% e 10%”, aponta o dirigente.
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