Apesar das vendas crescentes nos últimos meses do ano, a indústria de pneus não conseguiu compensar as perdas do primeiro semestre, provocadas pela chegada da Covid-19 no País, e encerrou o ano com queda de 12,9% em suas vendas internas. Foram comercializadas quase 51,8 milhões de unidades, ante as 59,5 milhões de 2019.
Todos os segmentos foram afetados pela pandemia, mas o que mais sofreu foi o de automóveis, com recuo de 19,2% nas vendas totais, com uma baixa de 32% nos negócios diretos com as montadoras e de 13,4% no mercado de reposição. O de comerciais leves teve retração total de 13%, enquanto as vendas para o segmento de carga caíram apenas 1,8% e para o de duas rodas, 1,2%.
Conforme balanço divulgado pela Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, na terça-feira, 12, o final de 2020 foi marcado por sucessivos meses de boas vendas, incluindo as de dezembro (4,82 milhões de pneus), que foram 9,5% maiores do que as de idêntico mês de um ano antes (4,4 milhões).
Nesse mesmo comparativo, houve elevações de 27% em comerciais leves, de 25,8% nos pneus de carga e de 20,3% no de duas rodas, enquanto no caso dos automóveis a queda foi de 1,9%.
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Apesar das dificuldades, a Anip avalia que no contexto geral a indústria de pneus conseguiu anteder as demandas dos diferentes segmentos no quais atua, evitando problemas de fornecimento tanto para as montadoras como para o mercado de reposição.
“Em um ano totalmente único, com suspensão de produção por um período determinado e de amplas medidas de prevenção em relação à Covid-19 que ainda permanecem, a indústria de pneumáticos no Brasil respondeu prontamente às necessidades de todos os mercados, inclusive com crescimento no fornecimento do equipamento original”, comenta Klaus Curt Müller, presidente executivo da Anip.
Com relação às exportações, a queda chegou a 24,2%, com 11,2 milhões de pneus embarcados no ano passado ante os 14,7 milhões de 2019. As importações também caíram, de 24,9 milhões para 20,9 milhões de unidades (menos 16,3%).
Em dólares, no entanto, as vendas externas recuaram menos do que as importações, com o setor fechando 2020 com superávit de US$ 220 milhões, valor 1,3% superior ao registrado em 2019.
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