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Grupo Renault reduzirá capacidade produtiva global em 23% até 2025

Por maior rentabilidade, número de plataformas e motores será cortado pela metade

O Grupo Renault apresentou nesta quinta-feira, 14, o plano estratégico “Renaulution” que norteará suas ações no transcorrer dos próximos anos. O CEO Luca de Meo alertou que, dentre os principais objetivos, estão, sobretudo a partir de 2025, a transformação do modelo de negócios de montadora de veículos para uma empresa de mobilidade, tecnologia e energia que também fabrica automóveis.

O grupo, que concentra sete marcas de veículos, buscará aumentar a rentabilidade concentrando-se em segmentos e mercados mais lucrativos. Trocará, como afirmou De Meo, “volume por valor”.

“Mais do que uma reviravolta, é uma profunda transformação do nosso modelo de negócios”, afirmou. Para isso, o grupo espera aumentar a participação dos serviços em suas receitas  — para cerca de 20% até o fim da década —, reduzirá a complexibilidade produtiva e aumentará esforços na eletrificação de suas linhas de produtos.

Protótipo Renault 5: elétricos mais acessíveis.

O movimento para reduzir custos implicará também a redução da atual capacidade produtiva mundial da ordem de 4 milhões de veículos para 3,1 milhões até 2025 — o que deve exigir fechamentos de unidades produtivas —, assim como a eliminação de três das seis plataformas de veículos e quatro de oito famílias de motores utilizados pelas marcas Renault, Dacia, Lada, assim também como da Alpine, agora promovida a divisão de veículos esportivos e também responsável por ocmpetições, F-1 inclusive.

Até 2024, o grupo lançará 24 veículos. Pelo menos dez novos carros serão totalmente elétricos, dentre eles um resgate do Renault 5 e o ainda conceito Bigster, SUV da Dacia —  reunida em uma única unidade de negócios com a Lada daqui para frente —  que deve ficar acima do Duster na Europa.

Os objetivos financeiros são 3% de margem operacional, perto de € 3 bilhões de fluxo de caixa operacional automotivo acumulado e investimentos menores para aproximadamente 8% de receita até 2023. Nos dois anos seguintes, os desafios crescem: 5% de margem operacional e  € 6 bilhões de fluxo de caixa operacional automotivo acumulado.

Bigster, o futuro SUV da Dacia

O “Renaulution” foi divido em três partes: “Ressurreição”, que nos próximos dois anos prioriza a recuperação financeira,  “Renovação”, para modernização da linha de produtos até 2025, e “Revolução”, para aceleração dos negócios de tecnologia, energia e mobilidade.

Esses serviços compõem a unidade de negócios Mobilize, criada para, dentre outras atividades, cuidar de assinaturas e compartilhamento de veículos e que terá até um linha de quatro veículos “sob medida” para empresas de transporte por aplicativo, compartilhamento e de última etapa da entrega, os chamados última-milha.

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→ Grupo Renault vendeu 21% menos no mundo em 2020

É caso do EZ-1 Prototype, elétrico de dois lugares, concebido para uso compartilhado e pelo qual  os usuários pagarão apenas pela utlização, com base no tempo ou na quilometragem. Conectado,o acesso do usuários será por meio de smartphones.

Outro veículo revelado por De Meo e equipe durante a apresentação do plano estratégico foi o Protótipo Renault 5, baseado no histórico modelo R5 e que, segundo a empresa, indica a democratização  do carro elétrico na Europa.

A marca afirma que terá a frota mais verdade da Europa até 2025, com motorizações eletrificadas e a hidrogênio. Serão lançados 14 modelos nos próximos quatro anos,  metade elétricos e nos segmentos C e D.“Na Renault, estamos aderindo às ondas de disrupção, criando nossa própria Nouvelle Vague”, exaltou De Meo.

EZ-1 Prototype: mobilidade urbana compartilhada.


Foto: Divulgação

 

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Redação AutoIndústria

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