A Ford confirmou para segunda-feira, 18, o início das negociações com os Sindicatos dos Metalúrgicos de Camaçari, BA, e de Taubaté, SP, para discutir as indenizações dos demitidos por conta do fechamento das fábricas da montadora no País.
Os trabalhadores, assim como os fornecedores e os concessionários, foram pegos de surpresa na última segunda-feira, 13, com a notícia de que a centenária marca estadunidense não mais produziria veículos no Brasil. Não houve, assim, nenhuma negociação prévia sobre como será o desligamento dos 5 mil funcionários afetados pela medida e também sobre eventuais acertos com a rede de distribuição.
Os metalúrgicos, inclusive, estão programando para o dia 21, quinta-feira da semana que vem, manifestações em frente às concessionárias da marca em diferentes localidades do País. O movimento está sendo organizado pelas centrais sindicais existentes no Brasil, que se uniram para avaliar ações que minimizem os efeitos da recém-anunciada decisão da Ford.
LEIA MAIS
→Ford Camaçari: governo e metalúrgicos se unem para achar compradores.
→O canto do cisne da Ford não é de hoje
→Ford fecha fábricas no Brasil!
Tanto em Camaçari, onde eram produzidos os modelos Ka e EcoSport, como em Taubaté, responsável pela fabricação de motores e transmissões, os metalúrgicos se mantém mobilizados desde o início da semana, com vigílias nos sindicatos e assembleias na porta das fábricas.
O presidente do sindicato de Camaçari, Júlio Bonfim, reuniu-se esta semana com o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Nelson Leal, para discutir medidas cabíveis para minimizar o impacto da saída da Ford do Estado. Leal informou, na ocasião, que será criada uma frente parlamentar para tratar do tema e também que o governo estadual está buscando uma nova montadora para se instalar na região.
Além da manifestação em frente às concessionárias Ford, as centrais sindicais também decidiram trabalhar em conjunto para propor medidas a serem tomadas nas esferas legislativa e judiciária, assim como encaminhar negociações com os governos de São Paulo, Bahia e Ceará, nesse último caso em função da fábrica da Troller, que é de propriedade da Ford e a princípio será desativada no último trimestre deste ano.
Foto: Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari
- Fora do Top 5 do atacado, Creta é líder no varejo em 2024 - 19 de novembro de 2024
- Locadoras garantem alta no mercado automotivo em novembro - 18 de novembro de 2024
- Importações da China elevam déficit comercial das autopeças brasileiras - 18 de novembro de 2024