BMW Motorrad anuncia novos formatos de lançamento em detrimento da participação em feiras comerciais
Tendência já clara antes da pandemia, os grandes salões do setor automotivo, tanto de automóveis como de motocicletas, devem perder ainda mais força a partir de agora diante das bem sucedidas ações virtuais implementadas pelas montadoras para “driblar” as medidas de isolamento social impostas pela Covid-19.
A BMW Motorrad saiu na frente com o anúncio de que está realinhando sua estratégia para lançamentos de produtos, passando a dar preferência para uma “comunicação otimizada por meio de novos formatos ao vivo e digitais”. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, 26, informa que essas ações ocuparão cada vez mais o lugar das tradicionais apresentações em feiras comerciais.
A empresa já não tinha participado do último Salão Duas Rodas, promovido pela Abraciclo em novembro de 2019 – o próximo acontece este ano também em novembro. A BMW já adianta que não estará presente nessa mostra, assim como nos dois principais salões europeus, o de Milão e de Colônia.
“Ao usarmos nossos próprios formatos ao vivo e digitais independentemente de feiras e salões, podemos não apenas programar estreias mundiais e lançamentos de produtos com maior flexibilidade, como também ter uma interação mais intensa com todos os grupos-alvo e um maior alcance das informações”, destaca a montadora. “Estaremos abertos a novos formatos e continuaremos a apresentar sua gama de produtos em algumas mostras regionais de motocicletas”.
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Esse mesmo fenômeno também ocorre no mundo das quatro rodas. Na primeira semana de março de 2020, dias antes de o Brasil começar a adotar as primeiras medidas de combate à Covid-19, coletiva de imprensa da Anfavea foi marcada pelo anúncio de que o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, programado para novembro daquele mesmo ano, seria adiado.
O motivo era a desistência de grandes marcas, como a Chevrolet, e a ameaça de outras de não participarem do evento. As montadoras não só questionavam o formato do evento como também os altos custos de locação e de montagem dos estandes, alegando que o retorno não era compatível com os necessários investimentos para estar presente na mostra.
Foto: Divulgação/Salão Duas Rodas 2019
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