Presidentes dos sindicatos de Camaçari e Taubaté se reúnem com presidente do Senado
Passados 17 dias do anúncio oficial da Ford de abandonar suas operações produtivas no Brasil, os Sindicatos dos Metalúrgicos de Camaçari, BA, e Taubaté, SP, onde a empresa mantinha suas fábricas de automóveis e de motores e transmissões, respectivamente, continuam se mobilizando na tentativa de preservar os empregos da montadora no País.
Na quarta-feira, 27, os presidentes dos sindicato de Camaçari, Júlio Bonfim, e de Taubate, Cláudio Batista, se reuniram, em Brasília, com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e outros parlamentares para discutir a saída da Ford do Brasil e a situação dos milhares de trabalhadores que estão com os empregos e os direitos ameaçados.
No mesmo dia teve audiência pública virtual realizada pela Câmara dos Deputados também com o intuito de reverter a decisão da Ford de deixar o Brasil.
No encontro com Alcolumbre, realizado na residência oficial do senador, foi debatida a criação de uma frente parlamentar no Congresso Nacional para avaliar a situação dos trabalhadores e encaminhar medidas que busquem reverter a decisão da Ford de não mais produzir no Brasil. “O Congresso Nacional é a casa do povo. Então, estamos recorrendo aos representantes da população para ajudar na luta pelo emprego em Camaçari”, comentou Júlio Bonfim.
O sindicalista lembrou do enorme prejuízo causado à economia local com a saída da Ford, com reflexos negtivos em toda a Região Metropolitana de Salvador.
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“Durante 20 anos, a Ford se beneficiou em Camaçari de isenção fiscal, sugou até onde pôde do Estado e dos trabalhadores, e numa jogada de puro oportunismo, deixa o País com um legado de milhares de demissões. Por isso, vamos até as últimas consequências para defender os direitos dos trabalhadores”.
No dia 11 deste mês a Ford emitiu comunicado sobre sua decisão de fechar as fábricas de Camaçari e de Taubate, além de informar sobre o encerramento das atividades da unidade industrial da Troller, no Ceará, no último trimestre deste ano. A empresa aceitou negociar com os sindicatos, realizando uma primeira reunião no dia 18 passado, mas até o momento não houve qualquer comunicado oficial sobre o andamento das conversas entre as partes.
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