Alinhada às projeções iniciais da Anfavea, a Scania se programa para um crescimento de 15% de mercado de caminhões neste ano. Nos segmentos nos quais participa, semipesados e pesados, significará um volume em torno de 77,5 mil unidades.
Caso o desempenho se realize, a Scania espera retomar participação que perdeu. No ano passado, a fabricante respondeu por 12,9% nas vendas de 67,4 mil unidades de semipesados e pesados com 8,7 mil caminhões contra uma fatia nos licenciamentos de 24,6% registrada no fim do exercício de 2019, quando entregou ao mercado 12,7 mil unidades
“Diferentemente das outras montadoras de veículos comerciais, a Scania não faz estoque. Temos um modelo de produção baseado em pedidos firmes. Só entra em linha o caminhão encomendado”, justifica Silvio Munhoz, diretor de Vendas da companhia. “A pandemia interrompeu a produção por quase 40 dias com mais de 2 mil pedidos em carteira. Fomos os primeiros na retomada das atividades, em abril, mas já sem tempo hábil para recuperar.”
Agora, sem a perspectiva de novas paradas e os sinais positivos no horizonte, a empresa aposta no avanço da marca nas vendas, além de embalada pelo início de mais um ciclo investimento, de R$ 1,4 bilhão para o período de 2021 a 2024, anunciado em maio de 2019.
Embora o tema pandemia se apresente com incertezas, especialmente pela falta de visibilidade do plano nacional de vacinação, o executivo tem como sustentação a continuidade de uma retomada iniciada em agosto do ano passado e nada que indique desaceleração no processo. “O agronegócio continuará demandando, como também a construção, a mineração e a indústria”, avalia o diretor.
Está na mesa de Munhoz as análises de que o ano deverá ser marcado por mais uma safra recorde, de 264,8 milhões de toneladas, perto de 8 milhões a mais que a anterior, conforme estimativa da Conab, pelo aumento da produção industrial, em torno de 5% de acordo com o Banco Central, além de retomada de obras de infraestrutura.
Para atender os cenários, a Scania reforça oferta de produtos e serviços com objetivo de elevar a rentabilidade do cliente. Após obter comprovações de economia de 15% de combustíveis no conjunto de soluções adotado na nova geração de caminhões, lançada há dois anos, a fabricante passa a oferecer recurso de acelerador inteligente que promete mais 5% de eficiência no consumo. Ou seja, 20% de gastos a menos em relação à geração anterior.
Depois, a ideia é avançar no tamanho da frota conectada e, assim, ampliar serviços de gestão de frota e de manutenção. Consta no plano da marca ter 50 mil veículos conectados, 30% a mais relação a 2019, e crescer 38% nas vendas de contratos de manutenção e chegar a 22,6 mil unidades com cobertura. “Também esperamos aumentar em mais dez pontos a rede de atendimento, hoje com 155 casas”, adianta diretor de Serviços Marcelo Montanha.
A companhia também seguirá estabelecendo conquistas em sua na proposta de uso do gás no transporte. Se ano passado entregou 70 caminhões movidos pelo combustível, espera somar 200 unidades em 2021.
LEIA MAIS
→Caminhão Scania a gás chega na mineração
→Scania acumula 50 caminhões a gás vendidos no País em um ano
→Scania lança série especial Heróis da Estrada
→Scania investirá R$ 1,4 bilhão de 2021 a 2024
Foto: Scania/Divulgação
- Volvo leva a melhor no mercado de caminhões acima de 16 toneladas - 19 de novembro de 2024
- Sergomel coroa crescimento com estreia na Fenatran - 13 de novembro de 2024
- Cummins materializa o compromisso com a descarbonização - 11 de novembro de 2024