Trabalhadores da fábrica da Ford de Taubaté, SP, onde são produzidos motores e transmissões, rejeitaram pproposta da montadora que estabelecia uma indenização de 1,1 salário por ano trabalhado para os funcionários horistas e de 0,7 salário para os mensalistas.
De acordo com o Sindimetau, sindicato que representa os metalúrgicos da região de Taubaté, nos patamares propostos a indenização ficaria abaixo dos valores que os funcionários receberiam até o fim deste ano, entre salários e benefícios. A entidade lembra que os empregados daquela planta têm garantida, em acordo coletivo, estabilidade no emprego até 31 de dezembro.
A proposta foi analisada e rejeitada em assembleia realizada na manhã da quarta-feira, 3. Ainda segundo o sindicato, ficou decidido na ocasião que os trabalhadores decidiram seguir em defesa dos empregos, buscando reverter a decisão da empresa de deixar o Brasil.
“É o emprego de pais e mães de famílias que está em risco. Vamos lutar até o último minuto para reverter essa situação”, afirmou o coordenador sindical na Ford, Sinvaldo Cruz, destacando que não apenas os metalúrgicos da região serão afetados. “Estudo do Dieese mostra o risco de perda de 118 mil postos de trabalho a partir do fechamento das fábricas de Taubaté e Camaçari (BA)”, lembrou o sindicalista.
O Sindimetau soliciou um encontro com o presidente global da Ford para discutir a questão, mas até o momento não teve responta ao pleito. A unidade de Taubaté tem cerca de 830 trabalhadores diretos.
Foto: Divulgação/Sindimetau