Fabricante estima crescimento de 13% no mercado de ônibus acima 16 toneladas impulsionado pelo aumento da demanda no segundo semestre
Embora o mercado de ônibus prossiga com as dificuldades impostas pela pandemia da covid-19, a Volvo começa a enxergar um horizonte menos tempestuoso do que foi o ano passado. Depois de encerrar o exercício de 2020 em queda 40%, com 440 chassis entregues, a fabricante tem na mesa expectativa de alta de 13% nas vendas para o transportador de passageiros na faixa de veículos acima de 16 toneladas, com mais força na demanda do segmento rodoviário no segundo semestre.
Mesmo com a acentuada variação negativa, o negócio de ônibus da Volvo conseguiu amenizar perdas com o atendimento às operações de fretamento. Pelas contas da companhia, na categoria de chassi semipesado, o B270F, os mais indicados para o serviço da fabricante, as entregas cresceram 34% com 216 chassis, ou seja, perto de 50% do total das vendas da fabricante no País no ano passado.
“Na medida que a imunização contra a covida-19 for avançando, também as operadoras terão menos necessidade de incorporar veículos no serviço a fim de manter o distanciamento físico”, avalia Todeschini. “Já o segmento rodoviário não fez investimentos no ano passado e deverá ser estimulado pelo programa federal de retomada do turismo, como também o dólar em alta favorece viagens internas.”
A reboque no aumento da demanda esperada, o executivo também enxerga vendas de maior valor para o segmento com pedidos de veículos mais seguros. No ano passado, dos 157 ônibus rodoviários vendidos pela Volvo, 15% foram entregues com o SSA, o sistema de segurança ativa da marca, pacote de assistências de direção que inclui alertas de mudança de faixa, frenagem de emergência e controle automático de distância e velocidade em relação ao veículo à frente. “Para 2021, a meta é de chegar aos 30% dos chassis vendidos.”
Também para o segmento urbano, Todeschini vislumbra algumas oportunidades em 2021. A empresa já garantiu as duas melhores propostas de licitação em Santiago, no Chile, uma com a Marcopolo e outra com a Caio. O negócio ainda envolve a VFS, a divisão de serviços financeiros da marca, que protagoniza um modelo diferente na operação, no qual a instituição será proprietária e arrendará os veículos às operadoras.
Depois, acredita o executivo, com o empresário do transporte urbano descapitalizado devido a pandemia, o segmento deverá demandar soluções que exijam investimentos iniciais menores, o que proporciona oportunidade para os chassis com motor dianteiro.
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Fotos: Volvo/Divulgação
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