Montadoras estão com dificuldades de comprar componentes eletrônicos produzidos em países asiáticos
Após um 2020 com queda na maioria dos seus indicadores, a indústria de autopeças iniciou 2021 com exportações em alta, conforme dados da balança comercial divulgados no site do Sindipeças esta semana. O setor mandou para o exterior total de US$ 446,6 milhões em janeiro, uma alta de 14,4% sobre os US$ 390,6 milhões do mesmo mês do ano passado.
Já as importações, no mesmo comparativo, caíram 7,6%, baixando de US$ 943,4 milhões para US$ 871,9 milhões. O déficit comercial caiu 23,1%, de US$ 552,8 milhões para US$ 425,2 milhões em termos interanuais. A dificuldade de comprar componentes eletrônicos principalmente nos países asiáticos certamente contribuiu para a queda nas compras no exterior.
Tanto a Anfavea como a Abraciclo reconhecem que a produção das montadoras brasileiras em geral está sendo prejudicada por falta desses componentes, a ponto de a Moto Honda e outras fabricantes de Manaus, AM, terem paralisado as operações por pelo menos duas semanas neste início de ano. As montadoras de automóveis e caminhões não chegaram a parar, mas enfrentam gargalos que estão sendo administrados no dia a dia.
As aquisições de autopeças no Japão, Coreia do Sul e Tailândia caíram, respectivamente, 9%, 45,7% e 10,9%%, para US$ 88,8 milhões, US$ 89,5 milhões e US$ 43,1 milhões. Também recuaram as compras feitas na Alemanha – queda de 26,7%, para US$ 112,7 milhões.
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Já as importações da China, o principal fornecedor de componentes para o Brasil, cresceu 11%, atingindo US$ 161 milhões, e a dos Estados Unidos foram ampliadas em 14,3%, para US$ 78,9 milhões no comparativo de janeiro deste ano com o mesmo mês de 2020.
Em termos interanuais, as exportações para a Argentina cresceram 14% no primeiro mês de 2021, para US$ 112,4 milhões. Houve também crescimento das vendas para Estados Unidos (44%), México (29,2%) e Chile (0,8%). Por sua vez, para a Colômbia houve redução de 20,4%.
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