A Mercedes-Benz começou o ano colhendo resultados positivos de 2020, considerando as dificuldades ocasionadas pela pandemia, como também otimista com que enxerga pela frente. Para dar sustentação ao aumento das vendas de caminhões esperado, a fabricante abriu 1 mil vagas de trabalho, dentre empregos temporários e aprendizes do Senai efetivados.
A aposta da companhia é de que em compasso com o avanço da vacinação no País, também o ambiente de vendas melhore. A empresa tem na mesa projeção de crescimento 15% no mercado de caminhões em 2021, desempenho que se for realizado alcançará volume em torno de 101 mil unidades. No cenário estão demandas de setores como agronegócio, mineração, comércio eletrônico, papel e celulose, indústria e farmacêutico.
Embora enxergue com bons olhos o curto prazo, para Karl Deppen, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina, o exercício do ano se dará em meio a diversos desafios. “O desempenho do ano passado praticamente apagou os crescimentos de 2017, 2018 e 2018. Teremos de começar tudo de novo, agora com a falta de previsibilidade em relação a reformas, especialmente a fiscal, os gargalos na cadeia de suprimentos e, de certa maneira, da rapidez em relação ao plano de vacinação.”
As dificuldades, no entanto, não devem afastar a Mercedes-Benz de suas programações. Deppen reafirma a manutenção do ciclo de investimento de iniciado em 2018 de R$ 2,4 bilhões, dos quais ainda restam R$ 800 milhões até 2022. Parte do valor já foi confirmado para modernizar a fábrica de motores, câmbios eixos na unidade do ABC Paulista.
Do recurso programado, a fabricante já aplicou R$ 1,4 bilhão no desenvolvimento e produção do novo Actros e outros R$ 200 milhões nos aprimoramentos sob conceitos 4.0 nas fábricas de cabines de caminhões e na de chassi para ônibus em São Bernardo do Campo (SP). “Ainda temos mais anúncios a fazer em produtos, serviços e parcerias”, adiantou Deppen, sem revelar detalhes.
A Mercedes-Benz também segue com vontade de preservar liderança. Em 2020, a fabricante encerrou o exercício no topo das vendas pelo quinto ano consecutivo, com 31,6% de participação em mercado de 84,6 mil caminhões. Enquanto os licenciamentos totais caíram 12%, os da fabricante encolheram 4,4%, com 27,7 mil unidades vendidas.
O desempenho, apesar de negativo em relação a 2019, colocou o mercado brasileiro novamente como o melhor do marca no ano passado. “Mais de 20% das vendas de caminhões Mercedes-Benz no mundo foi no Brasil, ultrapassando inclusive a Alemanha”, destaca Deppen.
Para 2021, do volume estimado, a Mercedes-Benz crava meta de encerrar o exercício com participação acima de 30% e, assim, enfileirar mais uma vez o título de líder.
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Foto: Mercedes-Benz/Divulgação
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