Sem estoque em rede, ritmo de emplacamentos segue acompanha a capacidade da indústria, pressionada por falta de peças e componentes
Números de licenciamentos apresentados pela Fenabrave na terça-feira, 2, indicam que o mercado transportador de carga se mantém aquecido neste início de ano. Nos dois primeiros meses de 2021, as vendas de caminhões acumularam 14,9 mil unidades, volume 9,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, de 13,7 emplacamentos.
Somente no mês passado, o mercado licenciou 7,7 mil caminhões, alta de 18,4% em relação a fevereiro de 2020, quando registrou 6,5 mil unidades vendidas. No confronto com janeiro (7,2 mil unidades), o desempenho também é positivo com crescimento de 6,3%.
Segundo a Fenabrave, o mercado de caminhões tem sido abastecido conforme a capacidade de produção das montadoras, pois praticamente não há estoque na rede de concessionárias, além de estresses promovidos por gargalos no fornecimento.
“Como os demais segmentos, os caminhões vêm enfrentando a escassez de peças e componentes, o que limita a oferta”, observa em nota Alarico Assumpção Júnior. “Como a demanda se mantém aquecida, tanto pelos resultados das commodities quanto pela boa disponibilidade de crédito para o segmento, a falta de produtos faz com que os pedidos atuais tenham a entrega de alguns modelos programada até para os meses de setembro e outubro.”
Ônibus – Oposto ao ambiente de negócios de caminhões, o segmento de ônibus segue como o mais impactado de maneira negativa pela pandemia no setor automotivo. O mercado encerrou o primeiro bimestre em queda 31,2% com 2,7 mil unidades negociadas ante o acumulado de 4 mil registrado um ano antes.
Apenas em fevereiro, os licenciamentos somaram 1,4 mil ônibus, volume 22,4% inferior anotado no mesmo mês do ano passado, de 1,8 mil unidades. “O avanço da segunda onda da covid-19, que continua provocando restrições de circulação e cancelamento de viagens, afeta muito as empresas do setor”, resume o presidente da federação.
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