A indústria de implementos, que conseguiu repetir desempenho de 2019 no ano passado, segue firma em processo de recuperação. Emplacou 22.358 unidades no primeiro bimestre, com expressiva alta de 29,8% sobre o mesmo período de 2020, quando comercializou 17.219 implementos.

O setor vinha em crise desde 2016 e, apesar da pandemia da Covid-19, iniciou processo de recuperação no segundo semestre do ano passado, beneficiado, principalmente, pelo bom momento do agronegócio. “Temos tudo para manter este ano a retoma consistente no crescimento dos negócios”, avalia Norberto Fabris, presidente da Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

Ele destaca, no entanto, preocupação com os custos relativos a matérias-primas, em especial o aço. “Qualquer revés será desastroso para a indústria de implementos”, comenta o executivo, ao alertar sobre a tentativa do setor siderúrgico de aplicar novo reajuste no preço dos seus produtos.

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De acordo com o executivo, o aço teve aumento superior a 80% em 2020 e a maior parte desse custo não foi repassado pela indústria de implementos ao cliente final. Ele diz que novo reajuste interromperia o ritmo de recuperação da indústria: “Trata-se de um insumo fundamental à nossa atividade porque o aço tem participação na
produção de nossos produtos de até 80%”.

Por segmento, o que mais cresceu foi o de reboques e semirreboques, que totalizou venda de 13.323 implementos no bimestre, elevação de 47% sobre os 9.050 emplacados nos primeiros dois meses de 2020. No que diz respeito ao setor de carroceria sobre chassis, o desempenho foi positivo em 20,6%, com, respectivamente, 9.035 e 8.169 unidades.


Foto: Divulgação/Truckvan

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