SUV chega em 25 de março com preços a partir de R$ 140 mil e duas versões híbridas
Um dos mais aguardados lançamentos de 2021 da indústria automobilística nacional acaba de se tornar realidade. A Toyota apresentou no início da noite desta quinta-feira, 11, o Corolla Cross. Fabricado em Sorocaba, SP, o utilitário esportivo tem potencial para se tornar o veículo mais vendido da marca no Brasil, honraria que sempre coube ao Corolla sedã.
Ainda que alguns contestem e argumentem que o pioneiro Bandeirantes foi o primeiro SUV nacional da Toyota, o Cross está, de fato, como qualquer atual modelo do segmento, muito mais para um carro de passeio do que seu ancestral, produzido por 40 anos até 2001 e que era conhecido mesmo apenas como um utilitário robusto.
O Cross, que na interpretação da empresa inaugura uma nova etapa em sua história de mais de 60 anos no Brasil, chega às concessionárias no próximo dia 25 por preços a partir de R$ 139.990,00 até R$ 179.990,00. Disputará a faixa intermediária do segmento de SUVs, já o maior do mercado brasileiro, que tem respondido por mais de um terço das vendas de automóveis.
Pelos preços e atributos, pode, sim, incomodar o Jeep Compass, líder inconteste entre os utilitários epsortivos médios desde seu lançamento, em 2016. Oficialmente, a Toyota projeta vender, num primeiro momento, perto de 3,5 mil unidades mensalmente. Vale a comparação: em 2020, o Compass acumulou 53 mil licenciamentos, média de 4,4 mil por mês.
O Cross é oferecido em quatro versões: XR e XRE com motor 2.0 flex de injeção direta e transmissão automática de dez velocidades, e as híbridas XRV e XRX, que combinam um motor a combustão com dois elétricos, conjunto também já adotado no sedã. Mas, inicialmente, a montadora oferecerá ainda edição especial de lançamento, com alguns adereços extras, como carregador de celular por indução. Serão 1,2 mil unidades com preço de R$ 183.980,00.
O SUV, com garantia de cinco anos — e de 8 anos para o sistema híbrido — , é fabricado sobre a plataforma GA-C, de Global Architecture – Compact, baseada na TNGA, sigla também em inglês de Toyota New Global Architecture, a mesma do Corolla montado na planta industrial de Indaiatuba, SP, e dos importados Prius e Lexus UX250h, no mercado interno há alguns anos.
Produzido na Tailândia e em Taiwan desde o ano passado, o SUV não deve arregimentar consumidores somente pelo estilo e design de sua carroceria. Na verdade, esteticamente, o Cross não se distingue muito de vários dos atuais concorrentes, assim como o porte – são 4,4 metros de comprimento e 2,6 metros de entre-eixos.
Seu grande apelo será mesmo a imagem de confiabilidade da marca e, particularmente, o pacote de itens de conforto e tecnologia de segurança e que se assemelha, quando não supera, o de veículos de faixa de preços superiores.
Desde a versão deentrada XR, o modelo dispõe de sete airbags, câmera de ré, controles de estabilidade, tração, de partida em rampa, sensor de estacionamento traseiro e faróis com acendimento automático. As híbridas têm ainda sensor de estacionamento dianteiro, alertas de ponto cego e de tráfego traseiro.
O pacote Toyota Safety Sense (TSS) é oferecido para a XRV Hybrid e XRX Hybrid e inclui sistema de pré-colisão frontal, que avisa o motorista e ativa a assistência de frenagem para evitar ou reduzir os danos e que agora detecta também pedestres e ciclistas, sistema de permanência em faixa, faróis altos automáticos e controle de cruzeiro adaptativo.
Ar-condicionado digital automático, retrovisores externos eletro-retráteis, rack de teto e multimídia, dentre outros recursos, também são de série desde a XR. As versões superiores agregam ainda chave presencial, partida por botão.
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A topo XRX Hybrid tem mais o quadro de instrumentos digital em tela de TFT, banco do motorista com regulagem elétrica e teto solar elétrico. Já na XRE há aletas para trocas de marcha. Se na versão de entrada os faróis são halogêneo, as demais já trazem o LED e todas saem de fábrica com rodas de liga leve.
O acabamento e componentes internos do Cross são condizentes com a média do que é oferecido nos muitos modelos do segmento e segue o padrão do Corolla sedã e da própria marca, que sempre se caracterizaram pela discrição e qualidade mais do que por formas e materiais arrojados e de impacto visual.
O motor 2.0 litros é fabricado na planta de Porto Feliz, SP, cidade vizinha de Sorocaba, e desenvolve 177 cv. O sistema híbrido combina um motor a gasolina 1.8 litro de 101 cv de potência com etanol e dois motores elétricos de 72 cv. A bateria para alimentação dos motores elétricos está embaixo do banco traseiro e os freios regenerativos acumulam a energia cinética gerada pelas frenagens e a transforma em elétrica para alimentar a bateria e aumentar a autonomia.
As versões híbridas, afirma a Toyota, podem percorrer 13,9 km/l na estrada e 17 km/l na cidade quando abastecido com gasolina. Com etanol, o modelo roda 9,6 km/l na estrada e 11,8 km/l na cidade.
Foto: Divulgação
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