Indústria

Renault vende participação na Daimler

Transação de € 1,1 bilhão reforçará caixa da empresa após prejuízo histórico em 2020

Por cerca de € 1,1 bilhão, o Grupo Renault está vendendo sua participação de 1,54% na alemã Daimler. Em comunicado nesta sexta-feira, 12, a montadora francesa revelou que empregará os recursos apurados com a negociação em sua própria recuperação financeira. Em 2020, a montadora registrou prejuízo histórico de € 8 bilhões de euros.

Foram colocadas à venda mais de 16,4 milhões de ações ao preço unitário de € 69,50. A liquidação da oferta deverá estar encerrada até o próximo dia 16, acredita a Renault.

“O produto desta venda permitirá ao Grupo Renault acelerar a desalavancagem financeira da sua atividade em automóveis. A parceria industrial entre o Grupo Renault e a Daimler permanece inalterada e não é impactada por esta transação financeira”, assegurou a empresa em comunicado ao mercado.

A Aliança Renault-Nissan, ainda sob o comando de Carlos Ghosn, iniciou parceria há uma década com a Daimler. Nesse período, as empresas trabalharam em pelo menos uma dúzia de projetos conjuntos, começando pela plataforma que serviu simultaneamente ao subcompacto Smart e ao Renault Twingo.

Os esforços na busca por menores custos e maior escola passaram ainda por experiências em  veículos comerciais, como a van Mercedes-Benz Citan, na verdade uma derivação do Renault Kangoo.

Mas o mais conhecido projeto foi mesmo o das picapes médias siamesas Nissan Frontier, Renault Alaskan e Mercedes-Benz Classe X.  E, sobretudo, mais pelo frustrante desempenho da representante da montadora alemã, considerada um dos grandes fracassos da marca em sua centenária existência.

LEIA MAIS

→ Mitsubishi terá modelos Renault em 2023

Renault anuncia investimento de R$ 1,1 bi até 2022

Se desde 2017 e 2018, respectivamente, Nissan e Renault estão com suas picapes em produção e nas ruas de vários países, a Classe X, apresentada oficialmente em julho de 2017 e produzida somente na Espanha, foi retirada de linha já em maio de 2020, menos de três anos depois.

Nem mesmo a ideia de fabricá-la na Argentina, na mesma planta da Frontier destinada ao mercado sul-americano, saiu do papel. Com vendas limitadas à Alemanha, Grã-Bretanha, Africa do Sul e Austrália, a Classe X acumulou meras 32 mil unidades em sua breve história.


Foto: Divulgação

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

FPT Industrial anuncia investimento de R$ 127 milhões em P&D

Fabricante traz para a Fenatran 2024 as opções de prateleira para transporte com menos emissões

% dias atrás

Meteor híbrido é a nova investida tecnológica da VWCO

Caminhão com um eixo elétrico e motor a combustão entrará em fase de testesc e…

% dias atrás

China pode barrar novas fábricas fora do país

Governo chinês aconselha fabricantes nacionais a reduzir investimentos no exterior para proteger tecnologia de elétricos…

% dias atrás

Brasileiros já compraram 2 milhões de veículos leves em 2024

Com 249,4 mil unidades, outubro tem o melhor resultado mensal do ano

% dias atrás

Alckmin recebe CEO global da Honda

Em debate, os benefícios do Mover e a manutenção dos direitos constitucionais da Zona Franca…

% dias atrás

Começa na segunda a maior feira de transporte da América Latina

AutoIndústria mostra na próxima semana tudo o que vai acontecer na Fenatran

% dias atrás