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Grupo Volkswagen traça roteiro para mobilidade elétrica

Estratégias buscam reduzir em até 50% os custos das baterias e ampliar infraestrutura pública de carga rápida

Em transmissão ao vivo que chamou de Power Day, representantes do Grupo Volkswagen apresentaram a trajetória a seguir até 2030 para reduzir a complexidade de produção e custos da bateria, como também estratégias que promoverão a instalação de infraestrutura pública de cargas rápidas.

“A mobilidade elétrica tornou-se um negócio fundamental para nós. Neste momento, estamos integrando estágios adicionais à cadeia de valores de forma sistemática”, disse em nota Herbert Diess, presidente do Conselho de Administração do Grupo Volkswagen. “Garantimos uma pole position no longo prazo na corrida pela melhor bateria e melhor experiência do cliente na era da mobilidade com emissão zero.”

Na busca para tornar o carro elétrico mais acessível, o Grupo encaminha parcerias para obter ganho de escala na produção de baterias. A empresa pretende ter um total de seis fábricas de células de bateria na Europa até 2030. Quando em operação, deverão produzir por volta de 240 GWh por ano.

As duas primeiras funcionarão em Skellefteå, na Suécia, e Salzgitter, na Alemanha. A primeira, em parceria com a Nothvolt, será encarregada das células premium e está prevista para começar a operar em 2023. Gradualmente, deverá alcançar capacidade anual de até 40 GWh.

A segunda, ficará responsável pela produção de células de bateria para segmento de alto volume a partir de 2025. O planejamento também estima capacidade de produção de até 40 GWh por ano. As localizações e os parceiros para as outra quatro gigafábricas, de acordo com a empresa, estão em estudos.

Ao mesmo tempo que encaminha capacidade de produção, o Grupo Volkswagen busca avanços no sistema de baterias. Uma nova célula unificada, prevista para 2023, será destinada a várias marcas da corporação e presente em até 80% dos modelos elétricos em 2030. Com isso, a Volkswagen espera reduzir os custos das baterias no segmento de entrada em até 50% e, no de alto volume, em até 30%.

“Vamos usar nossa economia de escala para beneficiar nossos clientes também no que diz respeito à bateria. Na média, vamos reduzir o custo dos sistemas de baterias para abaixo de € 100 por quilowatt-hora. No final, isso fará da mobilidade elétrica uma tecnologia de propulsão acessível e dominante”, afirma Thomas Schmall, membro do Conselho de Administração do Grupo Volkswagen e CEO da Volkswagen Group Components, a responsável para desenvolver a trajetória estabelecida.

Por outra frente na estratégia, a companhia pretende operar por volta de 18 mil postos de carga na Europa até 2025, cinco vez mais em relação à rede atual, além de corresponder a um terço da demanda prevista para o continente até lá. Para isso, será feita uma série de parcerias, como também terá a contribuição da joint venture IONITY.

Com a BP, o Grupo tem acordo para 8 mil pontos de carregadores rápidos em rede de 4 mil postos de combustíveis espalhados pela Grã-Bretanha e Alemanha. Em cooperação com a Iberdrola, as estações cobrirão as principais rotas de tráfego na Espanha. Na Itália, a colaboração será com a Enel para estabelecer uma rede de carga rápida tanto ao longo das rodovias como em áreas urbanas. No total, o investimento da Volkswagen somará em torno de € 400 milhões, além de recursos adicionais de parceiros externos.

Fora da Europa, a rede de carga rápida da Volkswagen na América do Norte deve chegar a 3,5 mil pontos em parceria com Electrify America até fim deste ano e, na China, o plano é providenciar 17 mil pontos até 2025 por meio da joint venture CAMS.

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Foto: Volkswagen/Divulgação

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Redação AutoIndústria

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