As vendas da Marcopolo nesse segmento cresceram 61% no primeiro bimestre, com 150 unidades negociadas
Enquanto a venda de ônibus rodoviários e urbanos estão em retração acelerada, a dos veículos destinados à fretamento encontra-se em significativa ascensão. A pandemia e a consequente necessidade de distanciamento social tem favorecido os negócios nesse segmento, por conta principalmente do transporte de trabalhadores de diferente áreas, inclusive da automotiva.
Maior fabricante de carrocerias de ônibus do País, a Marcopolo ampliou a comercialização de veículos para fretamento em 61% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020, quando já havia registrado expansão de 55% no mesmo comparativo interanual. São 150 unidades negociadas nos primeiros dois meses de 2020, contra, respectivamente, 93 e 60.
“A necessidade das empresas se adequarem às determinações de distanciamento impostas pela pandemia gerou a demanda por mais veículos disponíveis”, explica Leandro Sodré, gerente nacional de vendas da Marcopolo. Até abril, a companhia programa a entrega de mais de 200 unidades destinadas ao transporte de trabalhadores em áreas urbanas e nos setores de mineração e agronegócios, em diversos Estados.
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De acordo com o presidente da Anttur, Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e Fretamento, Jaime Silva, o fretamento eventual, feito para eventos ou atividades turísticas, foi fortemente afetado pela crise sanitária no ano passado. “Em contrapartida, o fretamento contínuo, como os serviços de transporte de funcionários, saiu fortalecido. Em 2021, já houve recuperação nesses primeiros dois meses e a expectativa para o ano é de retomada”.
Dados sobre o mercado total divulgados pela Mercedes-Benz mostram que as vendas de chassis de ônibus urbano, num total de 517 unidades no primeiro bimestre deste ao, caíram 64% em relação ao mesmo período de 2020 (1.443) e a de rodoviário teve queda de 67%, de 322 para 107. Já o segmento de chassis para veículos destinados ao fretamento cresceu 26%, passando de 176 para 221 unidades.
Com a venda de 150 ônibus para fretamento interno no primeiro bimestre, a Marcopolo deteve 65% de participação no segmento. Além desses, a empresa exportou outras 32 unidades.
Micro-ônibus também é beneficiado
Impulsionado pelo aquecimento do mercado agro nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul e também pelo programa Caminho da Escola, o segmento de micro-ônibus também acabou sendo favorecido pelas exigências de distanciamento social impostas pela pandemia.
A Volare, do Grupo Marcopolo, ampliou negócios este ano em 45,8%, com 643 unidades comercializadas no primeiro bimstre, ante as 441 dos dois primeiros meses de 2020. No ano passado, entre o primeiro e o terceiro trimestre, a produção da marca cresceu 66%. Segundo a empresa, a recuperação aconteceu por conta da substituição das vans por micro-ônibus, mais adequados às novas regras.
O gerente nacional de vendas da Marcopolo comenta que as perspectivas para o mercado de ônibus são melhores a partir do avanço da vacinação, diante da possiblidade de retomada dos passageiros às linhas regulares e, em um segundo momento, do turismo regional.
Foto: Divulgação/Marcopolo
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