Mercado

Venda de veículos reage em março, mas recua no trimestre

Foram emplacados 177,2 mil automóveis e comerciais leves no mês e 497,9 mil no ano. Queda de 6,5% em relação a 2020.

Apesar do agravamento da pandemia e do desabastecimento de peças que paralisaram algumas fábricas em março, as vendas de automóveis e comerciais leves tiveram leve reação no mês, totalizando 177,2 mil emplacamentos, uma alta de 12% sobre as 158,2 mil unidades licenciadas em fevereiro.

O resultado também superou em 13,7% o do mesmo mês de 2020, quando foram comercializados apenas 155,8 mil veículos leves, desempenho na época afetado pela chegada da Covid-19 no País, que levou à suspensão da produção da maioria das montadoras aqui instaladas.

O melhor resultado obtido em março deste ano, no entanto, não chegou a reverter o quadro de retração verificado este ano. No acumulado do primeiro trimestre foram emplacadas 497,9 mil unidades, uma queda de 6,5% no comparativo com os primeiros três meses do ano passado, quando as vendas atingiram 532,5 mil carros e comerciais leves.

LEIA MAIS

“Março é preocupante”, diz presidente da Anfavea

Com a Honda, serão nove as montadoras sem produzir no País

Situação da General Motors é a mais crítica

Considerando apenas os dias úteis, a média diária de vendas no mês passado foi de 7,7 mil unidades, com queda de 2,1% em relação à registrada em fevereiro (7,9 mil). Os números, neste caso, mostram estabilidade em relação a março do ano passado, quando a média diária ficou em 7.654 unidades.

Diante dos dados preliminares de mercado fornecidos por uma fonte do setor, fica evidente que os problemas na indústria automotiva se mantêm. Não há ainda indícios de uma retomada efetiva das vendas e, para piorar esse quadro, a maioria das montadoras está paralisada por causa da crise sanitária e também pela falta de peças e matérias-primas.

Com exceção da Stellantis, que reúne Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, todas as outras fabricantes estão sem produzir esta semana. No caso da General Motors, o motivo alegado é a falta de componentes, tanto é que  sua fábrica gaúcha de Gravataí paralisou operações em 1º de março e só deve retornar em junho.


Foto: Caoa Chery

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil”

Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…

% dias atrás

2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro

100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…

% dias atrás

XBRI Pneus anuncia fábrica em Ponta Grossa

Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…

% dias atrás

Iveco avança em conectividade com o S-Way

Transporte rodoviário de carga

% dias atrás

2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades.

Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…

% dias atrás

BMW produzirá seis novas motos em Manaus em 2025

Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.

% dias atrás