A Volkswagen Caminhões e Ônibus confirma para começar ainda neste primeiro semestre a produção em série do e-Delivery, na fábrica de Resende (RJ). Será o primeiro caminhão acionado integralmente a bateria desenvolvido e produzido no País.
O projeto, iniciado por volta de cinco anos atrás, ganhou impulso em 2018 com anúncio de intenção de compra da Ambev de uma frota de 1,6 mil unidades do modelo com entregas até 2023, das quais 100 delas já confirmadas.
O e-Delivery entra inserido alinhado com plano estratégico do Grupo Traton, do qual a VWCO integra, de investimento contínuo em mobilidade elétrica. A corporação programa aplicar em torno de € 1,6 bilhão em pesquisa e desenvolvimento em eletrificação de veículos até 2025.
Por aqui, para tornar a produção do e-Delivery realidade, a VWCO investiu R$ 110,8 milhões, recurso para adequar área que fábrica responsável pela montagem do veículo. O caminhão também nasce dos esforços de um consórcio de empresas envolvidas no fornecimento de componentes e no desenvolvimento de um ecossistema para integrar infraestrutura e gerenciamento das baterias. O e-Consórcio, como foi chamado, reúne empresas como Bosch, Siemens, Moura, WEG, Semcon, CATL e Meritor.
A produção em série do e-Delivery já deveria estar em atividade desde o segundo semestre do ano passado. A pandemia, no entanto, prorrogou a programação. “A pandemia mundial de Covid-19 impôs muitos desafios a toda sociedade, o que promoveu ajustes de rota”, diz em nota Roberto Cortes, presidente e CEO da VW Caminhões e Ônibus. “Mas mantivemos nosso compromisso com a inovação e avanços para a mobilidade sustentável, tema que continua prioritário na VW Caminhões e Ônibus.”
O e-Delivery é um caminhão para aplicações na distribuição urbana de carga. Inicialmente, o projeto coloca em linha modelo para atender necessidades da faixa de 11 toneladas, com autonomia de até 200 quilômetros. Nos últimos dois anos, um protótipo do veículo está em operação real nas ruas de São Paulo a serviço da Ambev. No período, de acordo com a VWCO, mais de 22 toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas na atmosfera e com economia de mais de 6,5 mil litros de diesel, que não foram consumidos.
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Foto: VWCO/Divulgação