Grupo paranaense, dono da Rodofort, arrematou a massa falida da empresa de implementos por R$ 90 milhões
Até o fim de 2021, exatos quatro depois de ir à falência, a Guerra voltará ao mercado. A massa falida da tradicional fabricante de implementos rodoviários de Caxias do Sul, RS, foi adquirida em leilão pela LIH, empresa do Grupo I.Riedi de Cascavel, PR, com atuação no setor agrícola, ex-proprietário de revenda da própria Guerra e que já detém outra protagonista do segmento: a Rodofort.
As duas empresas atuarão em conjunto e de forma complementar em implementos pesados, assegura Alves Pereira, diretor-geral da Rodofort: “Essa aquisição responde à nossa estratégia de expansão no momento de forte demanda por produtos”.
A LIH arrematou a Guerra em 22 de março por R$ 90 milhões e destinará algo como mais R$ 10 milhões para atualizar e religar as máquinas na planta gaúcha, comprar matéria-prima e treinar o quadro inicial de funcionários, cujo número ainda não foi revelado pela nova proprietária.
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O executivo da Rodofort, porém, fala em até 1 mil funcionários em Caxias do Sul em cinco anos, três vezes mais do que o contingente empregado hoje em Sumaré.
Segundo Pereira, a nova parceira e antiga concorrente deverá adotar o mesmo conceito da planta da Rodofort de Sumaré, SP, produzindo implementos que permitam customizações. A Guerra, porém, ficará responsável apenas pelos produtos pesados das linhas basculante, tanque e granel, enquanto os modelos sider, baú, porta-conteiner e florestal sairão da Rodofort.
A aquisição também se refletirá na rede de distribuição da Rodofort, que contempla 18 pontos atualmente. A projeção é, com a Guerra, atingir 30 distribuidores e pontos de assistência técnica. “Vamos recolocar a Guerra no mercado de forma gradual”, diz Alves, lembrando que também a Rodofort foi adquirida pela LIH há pouco tempo, em 2018, e desde então vem crescendo gradualmente.
Dos 110 implementos negociados naquele ano, a Rlodofort encerrou 2020 com 1.350 equipamentos entregues. A expectativa do grupo é chegar a 2,1 mil unidades da Rodofort e 250 da Guerra ainda em 2021, uma parte já destinada à exportação para mercados como Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.
Foto: Divulgação
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