Empresa

Guerra voltará a produzir ainda em 2021

Grupo paranaense, dono da Rodofort, arrematou a massa falida da empresa de implementos por R$ 90 milhões

Até o fim de 2021, exatos quatro depois de ir à falência, a Guerra voltará ao mercado. A massa falida da tradicional fabricante de implementos rodoviários de Caxias do Sul, RS, foi adquirida em leilão pela LIH, empresa do Grupo I.Riedi de Cascavel, PR, com atuação no setor agrícola, ex-proprietário de revenda da própria Guerra e que já detém outra protagonista do segmento: a Rodofort.

As duas empresas atuarão em conjunto e de forma complementar em implementos pesados, assegura Alves Pereira, diretor-geral da Rodofort: “Essa aquisição responde à nossa estratégia de expansão no momento de forte demanda por produtos”.

A LIH arrematou a Guerra em 22 de março por R$ 90 milhões e destinará algo como mais R$ 10 milhões para atualizar e religar as máquinas na planta gaúcha, comprar matéria-prima e treinar o quadro inicial de funcionários, cujo número ainda não foi revelado pela nova proprietária.

LEIA MAIS

→ Mercado de implementos rodoviários cresce 41,5% no trimestre

O executivo da Rodofort, porém, fala em até 1 mil funcionários em Caxias do Sul em cinco anos, três vezes mais do que o contingente empregado hoje em Sumaré.

Segundo Pereira, a nova parceira e antiga concorrente deverá adotar o mesmo conceito da planta da Rodofort de Sumaré, SP, produzindo implementos que permitam customizações. A Guerra, porém, ficará responsável apenas pelos produtos pesados das linhas basculante, tanque e granel, enquanto os modelos sider, baú, porta-conteiner e florestal sairão da Rodofort.

A aquisição também se refletirá na rede de distribuição da Rodofort, que contempla 18 pontos atualmente. A projeção é, com a Guerra, atingir 30 distribuidores e pontos de assistência técnica. “Vamos recolocar a Guerra no mercado de forma gradual”, diz Alves, lembrando que também a Rodofort foi adquirida pela LIH há pouco tempo, em 2018, e desde então vem crescendo gradualmente.

Dos 110 implementos negociados naquele ano, a Rlodofort encerrou 2020 com 1.350 equipamentos entregues. A expectativa do grupo é chegar a 2,1 mil unidades da Rodofort e 250 da Guerra ainda em 2021, uma parte já destinada à exportação para mercados como Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.


Foto: Divulgação

 

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil”

Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…

% dias atrás

2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro

100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…

% dias atrás

XBRI Pneus anuncia fábrica em Ponta Grossa

Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…

% dias atrás

Iveco avança em conectividade com o S-Way

Transporte rodoviário de carga

% dias atrás

2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades.

Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…

% dias atrás

BMW produzirá seis novas motos em Manaus em 2025

Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.

% dias atrás