Enquanto mercado recuou 6,5%, vendas da GM, Toyota e Renault caíram 20%
Das dez marcas de automóveis e comerciais leves mais vendidas no Brasil, somente três podem comemorar crescimento de vendas depois de transcorrido o primeiro trimestre. Outras seis tiveram quedas bem acima dos 6,5% da média do mercado interno e somente uma, a Volkswagen, encerrou o período praticamenteestável com relação aos licenciamentos acumulados de janeiro a março do ano passado.
Fiat e Jeep são — digamos — as grandes vencedoras do primeiro trimestre e consolidaram a Stellantis como a montadora líder no Brasil. As duas marcas avançaram robustos 34,5% e 29%, respectivamente, somando 102,4 mil e 34 mil unidades. São agora a primeira e quinta colocadas. Um ano antes apareciam somente na terceira e oitava posições.
A terceira marca que ganhou participação em 2021 foi a Hyundai. Com 47,1 mil veículos emplacados, cresceu 9,5% com relação aos primeiros três meses de 2020 e subiu da quinta para a quarta colocação.
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Além dos desempenhos muito superiores de Fiat e Jeep, chamam a atenção, mas em sentido contrário, a expressiva queda de 20,6% da Toyota (33,1 mil), de 20,5% da Nissan(17,1 mil) e, sobretudo, de 21% da General Motors (74,8 mil).
No caso da montadora japonesa, pode servir como justificativa, mas apenas em pequena parcela, o fim da produção e oferta do Etios e Etios Sedan no mercado interno para a chegada, há um mês, do SUV Corolla Cross.
Marca | Mil Unidades | Variação (%) 20/21 |
1° Fiat | 102,4 | 34,5 |
2° Volkswagen | 86,0 | (-0,4) |
3° General Motors | 74,8 | (-21,0) |
4° Hyundai | 47,1 | 9,5 |
5° Jeep | 34,0 | 29,0 |
6° Renault | 33,3 | (-19,4) |
7° Toyota | 33,1 | (-20,6) |
8° Honda | 20,8 | (-13,6) |
9° Nissan | 17,1 | (-20,5) |
10° Ford | 16,2 | (-63,0) |
A General Motors e sua marca Chevrolet sofrem, sobretudo, com a produção irregular e longas paralisações das linhas de montagem desde o começo de março. Líder nos últimos quatro anos, mas altamente dependente da linha Onix, responsável por mais de 60% das vendas, a empresa encerrou 2020 com 17,3% de participação, contra 15% no primeiro trimestre de 2021.
E o quadro de dificuldades não deve mudar tão cedo. Os sérios problemas de abastecimento de peças e matéria-prima forçaram a GM a adiar para junho a volta das operações de Gravataí, RS, suspensas desde 1º de março. É justamente de lá que sai boa parte dos Onix e Onix Plus que puxam os negócios nas revendas Chevrolet.
Outra marca que viu seus licenciamentos recuare muito além da média do mercado foi a Renault. Negociou, em 2021 33,3 mil unidades, apenas 150 veículos a mais do que a Toyota e 19,4% a menos do que no primeiro trimestre do ano passado. A marca aparece agora na sexta colocação, com fatia de 6,7% , 1 ponto porcentual a menos do que em 2020.
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O Kwid, seu modelo mais vendido, acumulou 13,9 mil undiades vendidas e aparece na 12ª posição, atrás de veículos bem mais caros, como Hyundai Creta e Jeep Compass. Após os três primeiros meses de 2020, era o sétimo no ranking de vendas.
A Renault até ganhou uma posição, mas graças mesmo ao fim da produção local da Ford. Naturalmente, por conta dessa decisão, a marca norte-americana foi a que mais encolheu neste ano. Vendeu 16,2 mil automóveis e comerciais leves, um tombo de 63%.
Agora na décima colocação, com 3,2% de participação, chegará ao fim do ano com fatia ainda mais modesta e que será sustentada, especialmente, pela Ranger, fabricada na Argentina. Já em março, com as últimas unidades dos nacionais EcoSport e Ka esgotadas, a picape somou 2,4 mil dos 4,3 licenciamentos da marca, quase 60% do total.
Foto: Divulgação
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