Foram fabricadas 237,2 mil unidades até março, 20% abaixo de 2020
Aprodução de motocicletas passa longe dos problemas de abastecimento de componentes que tem afetado os fabricantes de automóveis. Não fosse assim, o setor não estaria comemorando a fabricação de 125,5 mil motos em março. O número supera em 22,1% o montante registrado em igual mês do ano passado e representa salto de 116,4% sobre a produção de fevereiro.
Apesar disso, o saldo foi negativo no acumulado dos três primeiros meses de 2021. De janeiro a março, saíram das linhas de montagem 237,2 mil motos, 20,3% a menos do que no primeiro trimestre de 2020. Muito em função do agravamento da pandemia da Covid-19 em Manaus, AM, polo produtor das empresas associadas da Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.
“Depois de dois meses, as fábricas retomaram suas operações normalmente, seguindo os protocolos sanitários. Com isso, voltamos ao patamar de produção que deve se manter nos próximos meses e esperamos atender à demanda do mercado, reduzindo a fila de espera por motocicletas”, afirma Marcos Fermanian, presidente da dentidade.
A Abraciclo entende que, aos poucos, a relação entre oferta e demanda será equilibrada nos próximos meses e, portanto, mantém a previsão inicial de produzir 1, 06 milhão de motocicletas em 2021, o que representaria avanço de 10,2% sobre as 962 mil fabricadas no ano passado.
Por outro lado, também os negócios têm sido atrapalhados pelas medidas de restrições ao comércio e que resultaram no fechamento de revendas durante alguns dias em diferentes cidades e pela deficiência na oferta de produtos. Já no ano passado, a pandemia começou a refletir de forma mais intensa somente a partir de abril.
Em março, foram licenciadas 62,3 mil motos, alta de 8,5% na comparação com fevereiro, mas recuo de 17,4% sobre igual mês de 2020. Com 23 dias úteis, a média diária de vendas foi de 2.707 motocicletas, pior resultado para o mês desde 2003, quando 3.240 emplacamentos foram registrados a cada dia.
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“O varejo sofreu as consequências da suspensão temporária das operações de algumas fabricantes em janeiro e fevereiro. Além disso, diversas empresas associadas precisaram readequar seus turnos em função do toque de recolher no Estado do Amazonas devido à pandemia. A recuperação da produção em março deve refletir nos resultados de abril”, pondera Fermanian.
Após os três primeiros meses do ano, os emplacamentos totalizaram 205,4 mil unidades, queda de 16,8% na comparação anual. O segmento de Street respondeu por 98,7 mil motos, 48% do mercado, seguido pelo de Trail, 40,9 mil unidades e 19,5% de participação.
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