Mercado de veículos pesados arrefeceu no mês passado com o emplacamento de 11,2 mil caminhões e ônibus, volume 8,7% inferior ao anotado em março, período no qual as entregas chegaram perto de 13 mil unidades. No confronto com abril de 2020, no entanto, quando as vendas nos segmentos somaram 4,3 mil unidades, a alta superou 157%.

No acumulado do primeiro quadrimestre, os licenciamentos dos segmentos somaram 41,2 mil veículos, expansão de 38,1% em relação ao obtido em entre janeiro e abril do ano passado, de 29,8 mil unidades emplacadas.

Segundo análise da Fenabave em relatório apresentado na terça-feira, 4, o descompasso entre o fornecimento de componente e produção resulta na falta de produto e a continuidade da baixa demanda por ônibus traduzem a queda mensal. No caso do crescimento, o resultado deriva de uma base comparativa baixa, ocasião marcada pelo retorno das atividades nas fábricas após período de interrupção e fechamento da rede de concessionárias.

Alarico Assumpção Júnior, presidente da federação que representa o setor de distribuição de veículos no País, reforça ao lembrar que enquanto o segmento de caminhões segue beneficiado com liquidez de crédito e entregas programadas para outubro e novembro, “as vendas de ônibus se mantêm em um nível baixo em consequência do avanço da segunda onda da Covid-19 e as consequentes restrições de circulação e cancelamento de viagens”.

Os desempenhos por segmento realçam os cenários opostos que mercado transportador experimenta. Os licenciamentos de caminhões no mês passado superaram 9,8 mil unidades, em queda de 9,06% em relação do resultado de março, com 10,7 mil emplacamentos, e alta de 151,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando registrou apenas de 3,9 mil vendas. No acumulado, a alta chegou a 47,6% ao somar 35,6 mil caminhões contra 24,1 mil negociados um ano antes.

No mercado de ônibus, as vendas em abril foram de 1,4 mil unidades, volume que representou baixa de 6,7% na comparação com março (1,5 mil), e expansão de 204,3% sobre as vendas do mesmo mês de 2020, ocasião na qual somou somente 406 unidades. Nos quatro primeiros meses, o segmento segue acumulando queda. Os 5,6 mil ônibus emplacados de janeiro a abril deste ano representou baixa de quase 1,8% ante as 5,7 mil unidades registradas um ano antes.

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Foto: Scania/Divulgação

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