Indústria

Venda de implementos cai em abril por causa da falta de pneus

No comparativo mensal, houve queda de 5,7%. No acumulado do ano, contudo, a alta é de 57,5%.

Aindústria de implementos rodoviários segue com desempenho positivo no acumulado do ano, mas a falta de componentes, principalmente pneus, tem impedido um desempenho melhor das vendas. Em abril, quando o problema de desabastecimento se agravou, o setor emplacou 12.760 unidades, volume 5,7% inferior ao de março (13.525).

O presidente da Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, José Carlos Spricigo, reconheceu nesta quinta-feira, 6, que os principais obstáculos para uma retomada mais consistente do setor continuam sendo a escassez de componentes e o forte aumento de custos de matérias-primas e insumos.

Sem revelar como estão as filas de espera, o executivo comenta apenas que “a indústria busca alternativas com o objetivo de regularizar as entregas”. Fonte do setor revela que as empresas não estão conseguindo comprar implementos customizados. “Tem de levar o que tem”, comentou.

O balanço do quadrimestre indica 48.643 emplacamentos no primeiro quadrimestre, volume que representa expansão de 57,5% sobre o mesmo período do ano passado, quando foram comercializados 30.878 produtos. Vale lembrar, contudo, que março e abril do ano passado foram marcados por forte redução na produção do setor automotivo, por causa da paralisação das fábricas por conta da chegada da Covid-19 no Brasil.

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A demanda em alta no setor de implementos rodoviários reflete o bom momento do agrobusiness no País. A própria Anfir reconhece que as entregas atuais contemplam vendas feitas anteriormente, cujas entregas só estão acontecendo ao longo deste primeiro semestre.

“O implemento rodoviário é fundamental no sistema de distribuição de matérias-primas, remédios, produtos hospitalares, produtos industrializados e produção agrícola”, lembra Spricigo. Ante uma faixa de 8 mil unidades vendidas por mês no início de 2020, o setor começou 2021 com negócios da ordem de 11 mil unidades/mês, com pico de vendas em março (13,5 mil unidades.).

No balanço por segmento, o de pesados (reboques e semirreboques) entregou ao mercado no primeiro quadrimestre do ano 28.772 unidades, ante 16.348 produtos no mesmo período de 2020. Uma variação positiva de 76%. Já o de veículos leves (carroceria sobre chassis) acumulou 19.871 emplacamentos, com alta de 36,8% sobre idêntico peírodo de 2020.


Foto: Divulgação/Implementos

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Redação AutoIndústria

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