Os recursos liberados pelas instituiçoes ligadas às montadoras para financiamentos de veículos no Brasil cresceram 11,5% no 1º trimestre de 2021. Segundo levantamento da Anef, Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, os negócios consumiram R$ 42,8 bilhões contra os R$ 38,4 bilhões registrados de janeiro a março de 2020, portanto antes do início da pandemia no País.
A evolução do montante liberado para a modalidade CDC ficou bem acima da média, com avanço de 34,4% na comparação anual. O saldo total das carteiras para veículos cresceu 9,8% no acumulado dos últimos doze meses e bateu em R$ 293,4 bilhões. Já o leasing seguiu o declínio verificado nos últimos anos e acumulou R$ 2,7 bilhões no trimestre, sensível recuo de 24,3% .
Mesmo com os resultados globais positivos, Paulo Noman, presidente da Anef, afirma que o quadro ainda requer cautela não só pela continuidade e agravamento da pandemia nos primeiros meses de 2021:
“Há muitas variáveis agindo sobre a cadeia produtiva do setor, bem como a conjuntura nacional, mas os indicadores são favoráveis. Os resultados mostram que o total de recursos liberados voltou a atingir níveis pré-pandemia e o saldo das carteiras mantém ritmo de alta”.
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A Anef destaca que o pagamento à vista de caminhões e ônibus, historicamente estável, cresceu 10 pontos porcentuais no período com relação a 2020, passando a respinder por 29% dos negócios desses produtos. No caso de automóveis e comerciais leves, permaneceu na média de 45% verificada nos últimos anos e, assim como de 30% em motocicletas.
As taxas de juros dos financiamentos já indicam movimento de alta a partir de março, mesmo mês em que a Selic sofreu sua primeira elevação em sete meses, passando da mínima histórica 2% ao ano para 2,75%. Com planos máximos mantidos em 60 meses, o prazo médio das concessões de crédito subiu para 45,7 meses.