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Produção do Onix segue paralisada sem previsão de retorno

Montadora argumenta que modelo tem o dobro de semicondutores e módulos dos outros compactos

Com a produção da fábrica gaúcha de Gravataí paralisada desde abril por causa da falta de semicondutores, a General Motors ainda não tem previsão de quando poderá retomar sua produção da nova geração do Onix no País.

A empresa diz estar trabalhando com os fornecedores para mitigar esse impacto e reativar a linha o mais rápido possível e argumenta que vem sofrendo mais com a falta de componentes do que as demais marcas que atuam no Brasil porque o Onix tem o dobro de semicondutores e módulos do que os compactos fabricados aqui pelas concorrentes. A princípio a programação era de retorno no início deste mês de junho.

“Foi agregando tecnologias inovadoras que a marca Chevrolet transformou seus veículos em referência em segurança, conforto, conectividade e performance”, comenta Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul. “Não vamos deixar de oferecer aquilo que nossos clientes mais valorizam em um automóvel nem focar em versões básicas em razão da escassez momentânea de suprimentos, mesmo que isso impacte temporariamente nossa produção”.

Questionada sobre informações de alguns concessionários Chevrolet de que a montadora, em uma política global, estaria  priorizando algumas fábricas em detrimento de outras, a subsidiária brasileira garantiu que isso não ocorre, tanto é que “Gravataí foi uma das últimas fábricas da GM a ter sua produção suspensa temporariamente por falta de semicondutores. Antes dela, já haviam parado fábricas no Canadá, Coreia, Estados Unidos e México, por exemplo”.

Líder do ranking de modelos mais vendidos no País nos últimos cinco anos, o Onix foi perdendo participação este ano e ficou em 13º lugar no mês passado. A montadora alega problema do desabastecimento é mundial e vem provocando gargalos na cadeia de fornecimento global de componentes, principalmente os semicondutores.

Levantamento divulgado pela Chevrolet nesta segunda-feira, 7, mostra que os semicondutores estão distribuídos da seguinte maneira em carros mais tecnológicos a combustão: 30% entre os sistemas de segurança, 30% entre os sistemas de conforto & conveniência, 25% entre os sistemas de conectividade e 15% entre os sistemas de propulsão.

“Quanto mais avançada é a arquitetura de um veículo, melhores são seus aspectos de dirigibilidade, proteção aos ocupantes e comodidade a bordo”, explica Plinio Cabral Jr., líder de engenharia elétrica da GM América do Sul. “E são os sistemas eletrônicos que maximizam tudo isso. Outro fator determinante é a forma como o fabricante integra todos estes sistemas no automóvel”.

No mesmo comunicado, a empresa garante que modelos como o Onix, Onix Plus e Tracker passaram a incorporar arquiteturas avançadas até pouco tempo exclusivas de carros premium. “Os três modelos são derivados da nova plataforma global da GM e reúnem o mais abrangente conjunto de sistemas disponíveis para suas respectivas categorias”, destaca a montadora.

Dentre outros itens, cita os seis airbags de série, Wi-Fi nativo e a possibilidade de promover atualizações de sistemas eletrônicos de forma remota, igual já acontece com celulares.

“São tantas tecnologias disponíveis que o Novo Onix chega a ter aproximadamente 1.000 semicondutores e sistemas integrados espalhados por quase 20 módulos, até o dobro da quantidade encontrada em outros modelos da mesma categoria”, friza a GM em seu comunicado, que visa mostrar a razão de a produção de Gravatai estar paralisada há mais de dois meses, sem ter ainda data de retorno prevista.

Outras montadoras já paralisaram fábricas ou linhas de forma esporádita, mas nenhuma por tanto tempo.

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Redação AutoIndústria

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