Por causa da falta de semicondutores a empresa já vinha operando em apenas um turno desde meados de junho
Após suspender o terceiro turno no final de maio e, duas semanas depois, o segundo, a Hyundai decidiu agora paralisar por completo a sua produção da fábrica de Piracicaba, no interior paulista, devido “à continuidade das condições instáveis de fornecimento de componentes eletrônicos”, conforme comunicado divulgado nesta segunda-feira, 5.
A paralisação, a princípio, vai durar toda esta semana, com retorno na próxima segunda-feira, 12. Mas a montadora já adianta que “segue monitorando a situação e tomará as medidas necessárias para adaptar os volumes de sua produção conforme as condições de fornecimento de peças a cada semana”.
Em nota anterior, a Hyundai havia informado programação de manter o primeiro turno esta semana e voltar com a operação em três turnos completos na semana que vem. A decisão de paralisar atividades acompanha medidas já adotadas por outras montadoras, como a Volkswagen, que na segunda quinzena de junho chegou a suspender as operações de todas as suas fábricas no País, e a General Motors, que desde 5 de abril nada produz em Gravataí, RS.
Por ter adotado medidas mais radicais frente à falta de semicondutores, a fabricante estadunidense é que a mais tem perdido vendas e participação no mercado brasileiro. Ao lado de outras marcas, como Fiat e Volkswagen, a Hyundai vem ganhando participação em cima do espaço deixado pela Chevrolet.
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A marca coreana ampliou vendas em 48% este ano, ante média de 39% do mercado de automóveis e comerciais leves como um todo, fechando o primeiro semestre com 95.403 emplacamentos e market share de 9,5%. No período, o HB20 assumiu a liderança no ranking dos carros mais vendidos no Brasil, com 45.408 licenciamentos.
O segundo colocado foi o Fiat Argo, com 41.926 unidades comercializadas, e o primeiro colocado dos últimos cinco anos, o Chevrolet Onix, caiu para a terceira posição.
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