As entregas de implementos rodoviários no primeiro semestre do ano registraram crescimento de 56% em relação ao mesmo período do ano passado, de 49,1 mil para 76,6 mil unidades. Balanço da Anfir apresentado na terça-feira, 6, o volume se aproxima ao da primeira metade de 2014, (76,9 mil produtos), ano considerado pela associação como muito positivo.
“O desempenho do setor cada vez mais se aproxima dos anos de melhor performance de nossa história”, resume em nota José Carlos Spricigo, presidente da Anfir.
A categoria de implementos pesados, na qual reúne reboques e semirreboques, segue como o principal motor do desempenho. Nos seis primeiros meses do ano, o transportador absorveu 44,8 mil unidades ante 26,7 mil anotadas um ano antes, o que representou crescimento de 68%.
No segmento de carroceria sobre chassis, classificado como leves, foram entregues ao mercado 31,7 mil produtos no primeiro semestre contra 22,4 mil unidades em igual período do ano passado, uma alta de 42%.
De acordo com o levantamento da Anfir, todas as 21 famílias de produtos monitoradas pela associação encerraram o primeiro semestre com variação positiva. “Isso mostra que a recuperação da economia abrange os mais diversos segmentos, com destaque para o agronegócio e a construção civil”, avalia Spricigo. “Estamos realizando e mantendo entregas de implementos rodoviários em todo o País que transportam dois terços do PIB nacional.”
A associação entende, no entanto, que o atual ritmo de vendas deverá ser menos intenso o segundo semestre. O principal motivo é a pressão nos custos de insumos básico, em especial o aço.
“Reajustar insumos em pleno momento de recuperação da economia seguramente afetará o nosso desempenho. Não há como repassar aos clientes nem o setor tem como absorver o impacto”, alerta Spricigo. Além disso, a associação também lembra da atual dificuldade de fornecimento de componentes nas linhas de montagem.
A projeção inicial de crescimento entre 8% e 10% feita pela Anfir em janeiro corre o risco de não se concretizar. “Em virtude desse ambiente ainda não temos como estimar uma nova projeção”, conclui o dirigente.
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Foto: Metalesp/Divulgação