Mercado

Vendas das associadas da Abeifa crescem 48,1% no semestre

Alta reflete desempenho melhor das empresas com produção local. Nos importados, expansão é de apenas 14,8%.

Oaumento das vendas de carros importados pelas 13 marcas filiadas à Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, foi inferior ao da média do mercado brasileiro, que nos semestre teve expansão de 39,1%. As associadas venderam apenas 13,2 mil unidades vindas de fora, crescimento de 14,8%.

Em contrapartida, a procura por modelos produzidos pelas fabricantes ligadas à entidade teve alta de 80,4%, com 21,3 mil emplacamentos ante os 11,8 mil dos primeiros seis meses de 2020. Com isso, o desempenho geral das vendas computadas pela Abeifa foi positivo em 48,1%, com 34.490 licenciamentos este ano contra os 23.295 do primeiro semestre do ano passado.

A Volvo Cars tem hoje a maior representatividade entre os veículos importados e a Caoa Chery entre os produzidos no País. As vendas da marca sueca cresceram 43,9% no semestre, atingindo 3.872 licenciamentos. No segundo caso, a expansão foi de 107,5%, com a venda de 15.317 modelos nacionais comercializados em 2021 ante os 7.385 emplacados pela marca no mesmo período de 2020.

O presidente da Abeifa, João Henrique Oliveira, avalia que diante de dificuldades ainda existentes há motivos para comemorar os números conquistados até agora: “Podemos afirmar que os resultados obtidos por nossas associadas no primeiro semestre do ano foram marcantes, diante ainda do quadro de pandemia, dólar e euro elevados e falta de alguns modelos por conta do desabastecimento de componentes”.

Na sua avaliação, o segundo semestre deve ser marcado por recuperação gradual do setor, visto ainda haver uma demanda reprimida por veículos importados, em especial os da categoria premium. Ele revelou que a Abeifa continua negociando com o governo brasileiro, no âmbito do Mercosul, uma redução do Imposto de Importação dos atuais 35% para 20%, seguindo parâmetros globais.

Dentre os benefícios trazidos pelos modelos produzidos em outros países, Oliveira cita a oferta de maior tecnologia embarcada, destacando os carros eletrificados. As associadas da Abeifa venderam 7.577 do total de 13.904 veículos do gênero negociados no semestre. “Temos uma participação de apenas 3,4% no mercado total e de 40% no caso específico dos híbridos e elétricos”, enfatizou.

No balanço mensal, as vendas das associadas à entidade atingiram 6.961 unidades em junho, das quais 2.654 importadas e 4.307 de produção nacional. Houve aumento de 5,2% sobre maio e de 48,3% no comparativo com idêntico mês de 2020. A alta foi de, respectivamente, 17,2% e 3,9% no caso dos importados e de 1% e 101,4% em ses tratando de produção local.


Foto: Divulgação/Volvo Cars

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil”

Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…

% dias atrás

2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro

100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…

% dias atrás

XBRI Pneus anuncia fábrica em Ponta Grossa

Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…

% dias atrás

Iveco avança em conectividade com o S-Way

Transporte rodoviário de carga

% dias atrás

2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades.

Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…

% dias atrás

BMW produzirá seis novas motos em Manaus em 2025

Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.

% dias atrás