Acrise de abastecimento de componentes e a consequente redução da produção terão impacto brutal nas vendas de veículos para o setor de locação. A Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, já fala em queda das compras de suas associadas acima de 50% ao longo de 2021.
Inicialmente, a entidade estimava que as locadoras comprariam cerca de 800 mil veículos este ano, mas já no transcorrer do primeiro quadrimestre o setor revira suas projeções para 450 mil.
Após a intensificação das paralisações das linhas de montagem das montadoras e a redução da oferta de veículos de forma mais intensa no segundo trimestre, a entidade refez novamente os cálculos e agora aposta em algo entre 380 mil e 400 mil automóveis e comerciais leves, no máximo.
Segundo a Abla, o preço médio dos veículos incorporados às frotas das locadoras é próximo de R$ 60 mil. A redução pela metade do volume negociado representará, portanto, que o setor deixará de investir mais de R$ 22 bilhões nas compras.
“A queda é impactante frente ao total de carros que o setor compraria não fossem as consequências dessa pandemia”, enfatiza Paulo Miguel Júnior, presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior.
“As montadoras não têm carros para entregar”, acrescenta, ponderando que se trata de problema mundial e decorrente da falta de insumos, principalmente de chips.
O dirigente ainda faz um alerta:”Ainda pode piorar se pensarmos na concorrência com o setor de eletrônicos, que demanda ainda mais semicondutores no segundo semestre. Nossa expectativa é que o mercado de veículos só volte à normalidade em 2022″.
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