A partir de uma base baixa de comparação em 2020, que teve a produção automotiva mundial prejudicada no primeiro semestre pela pandemia da Covid-19, a indústria de autopeças segue com exportações e importações com índices expressivos de alta este ano.

O destaque, no entanto, é o aumento das compras no exterior, que dobraram nos primeiros seis meses de 2021, o que contribuiu para ampliar o déficit comercial do setor em 204%, de US$ 1,6 bilhão para US$ 4,9 bilhões no comparativo interanual.

As importações de autopeças totalizaram US$ 8,14 bilhões no primeiro semestre, ante os US$ 4,07  bilhões do mesmo período de 2020. Segundo relatório publicado pelo Sindipeças na quinta-feira, 29, a fraca base de comparação e a demanda interna aquecida permitem compreender essa alta, “a despeito das restrições na oferta global de insumos e componentes, em especial os eletrônicos”.

O aumento das exportações se deu em índice menor, na faixa de 31%, somando US$ 3,2 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, contra os US$ 2,4 bilhões de idêntico período de 2020. Em julho foram exportados US$ 566,3 milhões, o que representou recuo de 4,2% frente a maio, mas aumento de 65,3% na comparação interanual.

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De acordo com o Sindipeças, Argentina, Estados Unidos e México seguem como principais mercados de destino das autopeças brasileiras. No caso das importações, China, Alemanha e Estados Unidos representaram os principais parceiros comerciais.


Foto: Divulgação/Automec 2019

Alzira Rodrigues
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