Apesar do crescimento de 5,5% sobre junho e de 32,2% no comparativo interanual, o mercado de motocicletas continua com demanda acima da oferta, segundo informações divulgadas nesta terça-feira, 3, pela Fenabrave. Os fabricantes do setor, assim como os de automóveis, ainda enfrentam problemas com falta de peças.
“O resultado de julho só não foi melhor pela falta de produtos”, comenta o presidente da entidade, Alarico Assumpção. “Mas notamos que a demanda permanece alta e o mercado continua em plena recuperação, já que as motos estão consolidadas como veículos de transporte de pessoas e cargas expressas”.
A indústria de motos emplacou 112.586 unidades em julho, ante os 106.716 licenciamentos do mês anterior e os 85.165 do mesmo mês de 2020. No acumulado até julho o setor totalizou a venda de 620.937 produtos, o que representou expansão de 44% ante os 435.445 negociados nos primeiros sete meses do ano passado.
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Esse índice é elevado em função da fraca base de comparação de 2020, que teve a produção de veículos duas rodas paralisada parcial ou totalmente entre abril e junho, período em que a Covid-19 impôs medidas de isolamento social no País.
Dados da Fenabrave mostram que a disponibilidade de crédito no setor nunca esteve tão elevada como atualmente. A aprovação média é de 4,8 propostas para cada 10 enviadas aos agentes financeiros, ou seja, praticamente a metade dos consumidores que dependem de crédito está conseguindo neste momento financiar uma moto.
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