Omercado de caminhões no mês passado absorveu 11,4 mil unidades, volume que representou um crescimento de 20,85% em relação ao mesmo período do ano passado, quando os licenciamentos somaram 9,5 mil caminhões. Na comparação com junho, com 11,1 mil emplacamentos, a alta foi de 3,4%.

Os dados, apresentados pela Fenabrave na terça-feira, 3, revelam que o segmento segue em sólida recuperação. De janeiro a julho, as vendas acumuladas ultrapassaram os 69,5 mil caminhões, um avanço de 47,6% sobre o volume registrado há um ano, de 47,1 mil unidades.

A Fenabrave coloca o segmento em destaque pelo desempenho que vem apresentando. Impulsionado pelo agronegócio, a federação que representa o setor de distribuição de veículos já enxerga 2021 como um dos melhores em vendas para a indústria do caminhão, apesar dos gargalos enfrentados pela falta de peças e componentes.

“Temos modelos com programação de entrega agendada para janeiro de 2022. São veículos já negociados, mas que em virtude da demanda só são poderão ser entregues no próximo ano”, revela em nota Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, que também aponta a boa oferta e liquidez do crédito. “Hoje, em torno de oito a cada dez solicitações de financiamento são aprovadas.”

Ônibus – Apontado como o segmento mais afetado pela pandemia, que tirou o passageiro do transporte e, assim, também afastou o investimento em ampliação ou renovação de frotas, as vendas de ônibus seguem em baixa.

Em julho, as entregas ao mercado somaram 1,5 mil unidades, volume que representou retrações de 11,5% em relação a junho, com 1,7 mil ônibus vendidos, e de 17,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando perto de 1,9 mil ônibus foram negociados.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, os emplacamentos superam 10,8 mil unidades, um crescimento de 11,3% sobre os 9,7 mil ônibus vendidos há um ano.

“Ao menos, o resultado no acumulado é superior ao mesmo período do ano passado”, conforma-se o dirigente da Fenabrave. “Acredito que o avanço da vacinação e a consequente flexibilização das quarentenas poderão provocar reflexos positivos no segmento. Caso contrário, as empresas continuarão em compasso de espera.”

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Foto: Scania/Divulgação

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