Há um ano, absolutamente ninguém, a não ser a própria cúpula da empresa nos Estados Unidos, poderia imaginar que em julho de 2021 o Territory seria o carro de passeio da Ford mais vendido no Brasil. O utilitário esportivo respondeu por 263 dos 634 licenciamentos da marca no segmento no mês passado.
Lançado oficialmente em 7 de agosto de 2020, quando a fábrica de Camaçari, BA, ainda estava em operação, o modelo foi apresentado como um degrau entre o nacional EcoSport e outro SUV vindo de fora, o Edge. Mas por conta da decisão da montadora de deixar de produzir aqui após um século, o papel que agora cabe ao veículo importado da China é de protagonista.
O Territory é produzido pela Jiangling Motors, montadora com a qual a Ford tem parceria desde os anos 90. Sai da fábrica de Xiaolan, Província de Guangdong, ao lado do utilitário Transit e do SUV Everest. Nos primeiros sete meses de 2021, chegaram às ruas brasileiras 1,6 mil unidades do SUV. Desde que foi lançado, são quase 3,2 mil.
Considerando comerciais leves, porém, o veículo mais vendido da marca é ainda a Ranger. A picape argentina teve 11,6 mil emplacamentos de janeiro a julho e, com certeza, encerrará o ano como o Ford mais negociado no Brasil. Será a primeira vez desde que foi apresentada em 1994.
Mas o Territory, na verdade, não terá concorrência pela segunda colocação no ranking geral deste ano. Com preços a partir de R$ 215 mil, é o carro de passeio mais barato da linha, que tem ainda mais três automóveis.
O segundo mais barato é outro SUV, o recém-lançado Bronco, que custa acima de R$ 265 mil. Fora eles, o consumidor pode optar pelo Edge, de R$ 352 mil, ou pelo esportivo Mustang Mach 1, com preço inicial de 524 mil.
O Territory é produzido pela Jiangling Motors, montadora com a qual a Ford tem parceria desde os anos 90. Sai da fábrica de Xiaolan, Província de Guangdong, ao lado do utilitário Transit e do SUV Everest.
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Líder entre os utilitários esportivos por mais de uma década com o finado nacional EcoSport, agora a Ford tem participação diminuta no maior segmento do mercado interno e que, com mais de meia centena de modelos, responde por 40% dos automóveis vendidos no mercado interno.
É a nova realidade da marca, que em julho, somando automóveis e comerciais leves, apareceu na 13ª colocação no ranking geral, com menos de 2,5 mil veículos emplacados. No ano — ainda com boa ajuda dos extintos nacionais Ka, Ka Sedan e EcoSport —, os 27,2 mil licenciamentos acumulados ainda asseguraram a 10ª colocação, posição que dificilmente será mantida até dezembro.
Foto: Divulgação
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