A chegada da Great Wall Motors ao Brasil é mero encaminhamento do movimento de internacionalização da empresa, estratégia adotada por outras montadoras chinesas em anos recentes. Funda em 1984, a GWM já tem operações em outros países da Ásia, na Rússia e uma pequena linha de montagem no Equador, além de importadores em vários continentes.
Os planos para os próximos anos são ambiciosos. Dos cerca de 1,1 milhão de veículos que vendeu em 2020 — a quase totalidade no mercado chinês, a GWM projeta produzir e negociar globalmente 4 milhões de unidades em 2025. Um quarto do total, perto de 1 milhão de veículos, fora de seus país de origem.
Por enquanto, os mercados internacionais ainda têm pouco peso para o grupo. De janeiro a julho de 2021, responderam por somente 74 mil dos 710 mil veículos negociados pela montadora.
A GWM tem quatro marcas de automóveis e comerciais leves: Great Wall, Wey e Ora, além da Haval, que deve ser a escolhida para disputar o mercado brasileiro. E por um motivo mais que óbvio: é na linha da Haval que o grupo concentra os utilitários esportivos, maior segmento no Brasil, responsável por um terço dos automóveis de passeio vendidos aqui.
A Haval é também a marca que mais vende em todo o mundo. No acumulado dos sete primeiros meses de 2021, chegou a 449 mil unidades. A GWM Pickups está na segunda colocação, com 136 mil unidades.
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No ano passado, os veículos da GWM — dentre eles, a terceira geração do Haval 6, o Haval Jolion e a picape GWM Poer, naturalmente cotados para inaugurarem a linha de montagem brasileira — foram lançados em mais de uma dezena de países.
No começo deste mês, a montadora apresentou seus planos para distribuidores de mais de 60 países da Europa, Oceania, África, Oriente Médio, América Central e do Sul. No encontro virtual, a GWM enfatizou que trabalha no desenvolvimento de uma linha completa de veículos elétricos, com a qual pretende disputar vendas com outros conglomerados globais dentro e fora da China.
Foto: Divulgação
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