Na fábrica de Iracemápolis seriam produzidos, inicialmente, os SUVS H2 e H4
Por mais acelerado que seja, o processo de instalação de uma marca em um novo mercado envolve uma série de variantes, a começar pela definição da lista inicial de produtos e, principalmente, a formação de uma rede que a represente localmente. Sem contar a busca de fornecedores locais, mesmo que inicialmente as operações fabris envolvam CKD, como deve ser o caso da chinesa GWM, Great Wall Motors, que esta semana confirmou a compra da fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, MG.
Por enquanto, a empresa confirma apenas que terá capacidade produtiva de 100 mil unidades mês, com a geração de 2 mil empregos, entre diretos e indiretos, e que atuará nos segmentos de picapes e SUVS, os que mais crescem no País. Modelos e cronograma de lançamentos ainda não foram oficialmente revelados.
Fontes próximas do grupo chinês, no entanto, adiantam alguns passos que já estariam definidos pela montadora chinesa. Suas operações comerciais devem ser iniciadas com a importação de uma picape média, que concorre na faixa da Fiat Toro e cujo nome para venda local deve ser Pao ou Poer. Com motor turbo 2.0, o modelo chegaria nas versões gasolina e diesel, com tendência de prevalecer a oferta dessa segunda opção.
Tanto a picape como o SUV H6, modelo que disputa mercado na faixa do próximo lançamento da Jeep, o Commander, não estariam nos planos iniciais de produção local. Só entrariam nas linhas de Iracemápolis em uma segunda etapa. As operações fabris, segundo essas fontes, seriam iniciadas com os SUVs de menor porte, o H2 e H4, que compartilham a mesma plataforma, a A30 (a do H6 é a B30).
A estratégia é produzir localmente, na primeira fase, produtos de maior volume no mercado brasileiro para fazer escala a partir do uso de uma única plataforma. O H2 e o H4 concorrem no segmento dos Caoa Chery Tiggo 2 e Tiggo 3 e do Fiat Pulse, que está para chegar no mercado. Os dois SUVs, assim como o H6, têm motor 1.5 turbo, que gera de 148 a 180cv, e no caso do H4 deverá ter também uma versão híbrida.
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Enfim, ainda não são oficiais as informações sobre o cronograma de lançamentos da marca chinesa no País, mas é certo que até o final do ano a GWM pretende concluir as adaptações necessárias na fábrica do interior paulista e que as suas vendas serão iniciadas em 2022.
É aguardar agora para ver os próximos comunicados da montadora, que adquiriu as instalações da divisão de automóveis da Mercedes-Benz no Brasil e que tem planos de quadruplicar suas vendas no mundo até 2025, passando de 1,1 milhão de unidades em 2020 para 4 milhões até lá.
Foto: Divulgação/GWM
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