Com perspectiva de persistirem até meados do próximo ano, os problemas com falta de componentes eletrônicos, que afeta o setor automotivo mundialmente, levaram a Renault do Brasil a postergar por mais uma semana a volta dos trabalhadores da fábrica do Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR.

A empresa está com a produção paralisada desde o último dia 2 e, a princípio, iria retornar na quarta-feira da semana passada, 12, quando informou que estenderia as férias coletivas até o dia 27, com retorno dia 30. Em novo comunicado divulgado nesta sexta-feira, 20, revela que só voltará a operar as linhas de automóveis em 6 de setembro, uma segunda-feira, com a extensão das férias coletivas até o próximo dia 3.

Assim como outras montadoras, a Renault utiliza-se no momento da MP 1.045/21, que criou o novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda para o enfrentamento dos problemas decorrentes da Covid-19, que prevê, dentre outras medidas, a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários e a suspensão temporária do contrato de trabalho.

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Assim como a marca francesa, outras empresas do setor vêm paralisando parcial ou integralmente algumas de suas linhas de montagem, o que tem provocado forte desabastecimento do mercado brasileiro, com filas de espera de até quatro meses e os menos níveis de estoque da história do setor tanto nos pátios das montadoras como nas concessionárias.

A rede mais prejudicada é a Chevrolet. A General Motors paralisou as operações na fábrica de Gravataí, RS, em março e só retornou na última segunda-feira, 16. Tanto a GM como o hatch Onix, que por cinco anos liderou o mercado brasileiro, despencaram nos rankings de marcas e de veículos mais vendidos no País este ano.


Foto: Divulgação/Renault

 

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