Graças aos estímulos gerados até recentemente pela taxa de câmbio, o déficit comercial do setor de autopeças totalizou US$ 5,9 bilhões no acumulado até julho, com variação de 240,7% em comparação aos sete primeiros meses de 2020, quando o saldo negativo ficou em US$ 1,7 bilhão.
A análise e os números contam do relatório da balança comercial do setor publicado esta semana no site do Sindipeças. Seguem em alta este ano tanto as importações como as exportações, mas no caso das compras no exterior o índice de alta é bem mais representativo, “a despeito das restrições na oferta global de insumos e componentes (eletrônicos, em especial”, como ressalta o Sindipeças em seu relatório.
As importações registram o expressivo crescimento de 111,6% no acumulado do ano, com US$ 9,7 bilhões adquiridos no exterior até julho, ante os US$ 4,6 bilhões de idêntico período do ano passado,
Já as exportações sofreram elevação de 32,5% no mesmo comparativo, com, respectivamente, US$ 3,77 bilhões contra US$ 2,84 bilhões. Estritamente no mês de julho, as vendas de autopeças para o exterior atingiram US$ 547,9 milhões, indicando recuo de 3,3% frente a junho, mas incremento de 40,9% na comparação interanual.
Ainda com relação ao mês de julho, importações chegaram a US$ 1,56 bilhão no mês, contra total de US$ 1,48 bilhão em junho. No comparativo com o mesmo mês de 2020 (US$ 517,6 milhões), a alta chega a 202%.
Para as exportações, Argentina, Estados e México permaneceram como principais mercados de destino. O país vizinho comprou total de US$ 1,1 bilhão nos sete meses, mais do que dobrando o valor em relação aos US$ 552,2 milhões do período de janeiro a julho de 2020.
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Para as importações, China, Alemanha e Estados Unidos representaram os maiores parceiros para as compras. O Brasil adquiriu mais de US$ 1,54 bilhão em autopeças chinesas nos primeiros sete meses deste ano, valor 89,2% superior ao registado em igual período de 2020 (US$ 818,1 milhões).
Foto: Divulgação/Automec 2019
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