Desabastecimento de insumos limita o crescimento e empurra as entregas de veículos para 2022
A demanda por transporte de carga segue trajetória ascendente no País. Os dados de emplacamentos apresentados pela Fenabrave na quinta-feira, 2, confirmam o bom momento de vendas. No mês passado, o mercado absorveu 12,6 mil caminhões, volume 10,2% superior em relação a julho, quando apurou 11,4 mil licenciamentos, e 56,8% maior em relação ao apurado no mesmo mês do ano passado, com 8 mil unidades vendidas. De acordo com a federação dos concessionários, foi o quarto melhor mês da série, iniciada em 1957.
No acumulado até agosto, as vendas somaram perto de 82,2 mil caminhões, volume que representou crescimento de 49% sobre as 55,1 mil unidades emplacadas no mesmo período de 2020. As vendas ficaram abaixo somente das de 2014, quando apurou quase 88 mil unidades de janeiro a agosto.
Segundo o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o agronegócio segue como o principal responsável pelo desempenho positivo. Prova disso se mostra na participação de 51,5% das vendas de caminhões pesados no mercado total do ano.
“Não fosse a falta de componentes, o resultado seria ao menos 20% maior”, estima o Assumpção Júnior se referindo aos desafios logísticos enfrentados pelas montadoras em abastecer as linhas de produção. Com isso, as entregas já começam a ser agendadas para o ano que vem.
Pelo ritmo que segue, a federação projeta um crescimento nas vendas de caminhões de 30,5% sobre o ano passado. Caso se concretize, será um mercado por volta 116 mil unidades.
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Foto: Scania/Divulgação
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