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Com Transit, Ford cria divisão de veículos comerciais na América do Sul

Comercial leve será lançado ainda este ano com versões de carga e passageiros

A Ford está retomando suas atividades no mercado brasileiro de vans e furgões. A empresa anunciou nesta segunda-feira, 13, a criação do braço sul-americano da Ford Pro, divisão mundial dedicada ao segmento. Com ela, a marca volta a oferecer o comercial leve no País após sete anos de interrupção das importações.

A atual geração da Transit chegará ainda este ano à rede de cerca de 110 revendas, parte delas que se manteve fiel à marca mesmo com o fim da produção local de caminhões e automóveis. Até o fim do primeiro semestre de 2022, serão pelo menos cinco configurações para o transporte de passageiros e de carga.

Inicialmente, virá a versão de passageiros Minibus, para 15 ou 16 ocupantes, 18 ou 19 ocupantes, incluindo o motorista, adaptadas em um ModCenter dedicado, além da versão vidrada, sem bancos, para personalização. A versão de carga será opção para uma segunda etapa e contará com cabine média e longa.

O modelo é produzido no Uruguai desde o ano passado em parceria com o grupo local Nordex, projeto conjunto de US$ 50 milhões. A Ford, porém, não revela qual a capacidade produtiva da planta nem mesmo o índice de conteúdo regional de peças e componentes do comercial leve.

“Atendemos, claro, às exigências do Mercosul, no mínimo”, enfatiza Rogélio Golfarb, vice-presidente da Ford na América do Sul. A produção na região, lembra o dirigente, diminui a exposição dos custos à variação cambial, o principal motivo apontado pela Ford para ter cessado a importação da Transit da Turquia no segundo semestre de 2014.

Golfarb assegura ainda que a montagem, abrigada em estrutura de 17 mil m², congrega peças de componentes de fornecedores com do Brasil, Argentina e também do Uruguai. Mas com um quadro de funcionários estimado inicialmente em 200 trabalhadores apenas, fica claro o regime CKD, com subconjuntos trazidos de outras regiões –  a Transit é produzida também nos Estados Unidos, China, Rússia e Turquia.

Junto com o comercial leve, a Ford está apresentando todo o suporte organizacional que pretende, nas palavras de Guillermo Lastra, diretor de veículos comerciais da Ford América do Sul,” não só responder as necessidades dos clientes,  mas antecipá-las e otimizar o uso dos veículos”.

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Para isso, todas as versões da Transit, com modem embarcado, estarão conectadas à rede de revendas por meio de vários canais de suporte técnico e do Ford Pass, plataforma digital será gratuita pelo período de garantia de 1 ano ou 100 mil quilômetros rodados.

Pelo celular ou outro dispositivo ligado à internet, o cliente poderá agendar serviços, acompanhá-los, receber alertas e diagnósticos do veículo, obter relatórios e indicadores ou ter suporte e informações imediatas do Ford Assistance, dentre outras facilidades. Mais ainda: poderá travar e destravar portas, dar a partida, checar o nível do combustível, a quilometragem e quanto falta até a próxima revisão.

A própria rede de revendas, que está em processo de implementação em todo o País, disporá de equipes dedicadas aos veículos comerciais,  boxes exclusivos nas oficinas e até horários flexíveis para atendimento dos veículos. A Ford não revela expectativas de vendas para seus produtos. Acredita, porém, que o segmento de vans e furgões, do qual chegou a ter apenas 3% antes de encerrar  importação, tende a crescer no Brasil e região, em especial em função dos serviços de distribuição nos grandes centros.

Para atrair novos ou reconquistar antigos clientes, a Ford aposta ainda em planos de manutenção personalizado e em outras medidas que visem custo operacional total do comercial leve pelo menos 2%a 3% mais barato do que o dos principais concorrentes.  O custo de reparo, da cesta de peças de maior desgaste e das cinco primeiras revisões será 15% menor do que da concorrência,  calcula a empresa.


Foto: Divulgação

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George Guimarães

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