Produção no turno da noite será reduzida por três meses por causa da falta de semicondutores
A Stellantis acaba de confirmar que 1,8 mil trabalhadores do turno da noite da fábrica da Fiat de Betim, MG, entrarão em lay-off a partir da segunda-feira, 4, durante o período de três meses. A empresa está adequando produção por causa da falta de semicondutores, que afeta a maioria das montadoras no País
“A medida é uma decorrência do impacto da crise sanitária e de suas consequências sobre a economia, que agravaram a escassez global de insumos, notadamente de componentes eletrônicos, comprometendo a capacidade de manter o ritmo e volume de produção dentro de padrões previsíveis”, informa a Stellantis em comunicado divulgado nesta terça-feira, 28, no qual diz esperar a normalização dos suprimentos e a retomada das operações normais no menor prazo possível.
Em assembleia realizada na semana passada, os trabalhadores da Fiat aprovaram a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho para qualificação profissional, mas sem pré-definição quanto a datas e número de colaboradores envolvidos.
Só ficou definido que a medida poderá ser implementada ao longo dos próximos 12 meses envolvendo um total máximo de 6,5 mil trabalhadores, sendo que os que já entraram em lay-off não podem ser afastados posteriormente pelo mesmo processo.
No comunicado divulgado hoje, a Stellantis destaca que “a suspensão do contrato de trabalho para qualificação profissional preserva os empregos dos trabalhadores envolvidos e assegura os direitos estabelecidos no acordo coletivo de trabalho, além de oferecer qualificação, estabilidade no emprego proporcional ao período de afastamento e o pagamento de bolsa-auxílio, para preservar o poder aquisitivo”.
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A montadora mais afetada no País pela falta de consumidores até o momento foi a General Motors, que ficou com a fábrica de Gravataí, RS, paralisada por mais de cinco meses. A retomada se deu em agosto em apenas um turno e na semana passada o novo presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, anunciou a implantação do segundo turno em outubro.
Ao enfrentar menos problemas do que as suas principais concorrentes ao longo dos últimos meses, a Fiat vinha ganhando participação no mercado brasileira, liderando com folga o ranking das marcas e modelos mais emplacados no País.
Foto: Divulgação/Stellantis/Leo Lara
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