Mercado

Venda de veículos leves segue em queda livre

Com apenas 143,1 mil emplacamentos, setembro foi o pior mês do ano

As vendas de automóveis e comerciais leves não param de cair desde março e em setembro foi registrado o pior resultado do ano. Com 143,1 mil emplacamentos no mês, o mercado caiu 10% em relação a agosto (158,8 mil licenciamentos) e expressivos 55,6% no comparativo com setembro de 2020 (198,7 mil unidades), quando o mercado vinha se recuparando das medidas de isolamento social impostas pela Covid-19.

O problema principal é a falta de modelos para pronta entrega nas redes de concessionárias de todas as marcas. Por causa da falta de semicondutores, as montadoras não estão conseguindo manter produção nos volumes necessários e nada indica que haverá uma melhora desta situação ainda neste final de ano. Os estoques nas montadoras e nos pátios das concessionárias são os mais baixos da história do setor.

Em março, o melhor mês do ano, foram vendidos 177,1 mil veículos leves. O volume caiu um pouco em abril (163,9 mil), mas voltou a subir em maio. De lá para cá é só ladeira abaixo, com quedas mensais consecutivas. No acumulado dos nove meses do ano, o mercado de leves totalizou 1,47 milhão de unidades, o que ainda representa desempenho positivo com relação a 2020 – alta de 14% sobre quase 1,3 milhão de emplacamentos. Mas vale lembrar que no primeiro semestre do ano passado a produção do setor ficou paralisada por dois a três meses por causa da pandemia.

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Na próxima segunda-feira, 4, a Fenabrave divulga o balanço total das vendas do setor, incluindo pesados, motos e implementos, e na quarta-feira, 6, será a vez de a Anfavea anunciar números de produção. Com exceção da General Motors, que tinha paralisado a produção em Gravataí, RS, por mais de cinco meses até 16 de agosto, a maioria das montadoras tiveram paralisações totais ou parciais no mês passado por causa da escassez de semicondutores.

Fiat e Renault já anunciaram acordo de lay-off, inclusive com abertura de PDV, Programa de Demissão Voluntária, no caso da marca francesa. Ambas vão reduzir produção este mês, assim como a Toyota que concederá dez dias de férias coletivas em Indaiatuba, SP.


Foto: Pixabay

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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