A Fenabrave iniciou o ano projetando a venda de mais de 1,86 milhão de automóveis em 2021, o que representaria alta de 15,4% sobre o ano passado. O índice foi revisto para 10,2% em julho e, agora, a estimativa é de queda de 2,2%, ou seja, o número de emplacamentos nesse segmento deve limitar-se a 1,58 milhão de unidades ante o total de 1,61 milhão em 2020, quando o setor ficou paralisado por quase tês meses por causa da Covid-19.
O problema, segundo a entidade, é a falta de produtos no mercado em função da escassez de semicondutores que vem impedindo as montadoras de manterem níveis adequados de produção. Os estoques nunca estiveram em níveis tão baixos como os atuais e as filas de espera por automóveis perduram no mercado.
“Estamos diante de muitas incertezas e da maior crise de abastecimento de veículos já vivida nos últimos anos. Isso nos fez reduzir as expectativas de crescimento para o ano, infelizmente”, comentou Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, destacando ser um problema global que está em seu ponto mais crítico, com perspectivas de melhora só no começo de 2022.
Apesar de os comerciais leves também estarem sendo afetados pela falta de componentes eletrônicos, esse segmento foi menos atingido pelo problema, o que está gerando a migração de consumidores de automóveis para picapes e vans, segundo informa Assumpção Jr.
Com isso, o crescimento nas vendas de comerciais leves deve chegar a 28,4%, ante índice anterior de alta estimado em 13,2%, atingindo 480,5 mil emplacamentos. Somando automóveis e comerciais leves, a estimativa da Fenabrave é a de um total de 2.011.057 licenciamentos de veículos leves em 2021, uma alta de apenas 3,1% no ano. A projeção inicial era a de uma expansão de 15,8%, para quase 2,26 milhões de unidades.
Assim como fez com os comerciais leves, a Fenabrave também elevou as projeções de vendas para os caminhões e as motos.
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No acumulado de janeiro a setembro foram emplacados 1,47 milhão de veículos leves, com expansão de 13,2% sobre total de quase 1,3 milhão de unidades comercializadas no mesmo período do ano passado. No segmento de comerciais leves a alta chegou a 40$, com 223,6 mil licenciamentos, enquanto no de automóveis o crescimento foi de apenas 7,6%, para 1,07 milhão de undiades.
O desempenho do mês de setembro foi o pior do ano, com a venda ficando abaixo de 143 mil veículos leves, uma queda de 10% em relação a agosto.
Foto: Divulgação/Fenabrave
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