Produção deve crescer entre 6% a 10% e o mercado interno pode até ter queda de 1%. Problema é a falta de semicondutores.
Aprodução até reagiu em setembro, com 173,3 mil veículos saindo das linhas de montagem das montadoras brasileiras, alta de 5,6% sobre agosto. Mas o número é 21,3% inferior ao do mesmo mês do ano passado (220,2 mil) e a desaceleração deste segundo semestre levou a Anfavea a revisar para baixo as projeções de produção, mercado interno e exportação para o ano.
Diante das incertezas ainda existentes com relação a falta de semicondutores, a entidade está trabalhando com dois cenários. Um prevê produção de 160 mil unidades/mês neste último trimestre e outro uma faixa de 190 mil. No primeiro caso, a produção ficaria em 2.129.000, crescimento de 6%. No segundo, a alta seria de 10%, com 2.219.000.
O mercado interno, por sua vez, absorveria entre 2.038.000 e 2.118.000, com cenários de queda de 1% a expansão de 3% na comparação com 2020. Já as exportações ficarão em um intervalo de 357 mil e 377 mil unidades, alta de 10% a 16%. Em todos os casos os números são bem inferiores aos projetados no início e em meados deste ano.
Lembrando que mundialmente é estimada uma perda na produção de 5 milhões a 7 milhões de veículos, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, diz que nunca a entidade teve tanta dificuldade em enxergar o cenário em curto prazo na indústria automotiva.
De acordo com o executivo, os pátios das montadoras estão cheio de veículos incompletos, com faturamento paralisado por causa da falta de componentes, principalmente semicondutores e pneus.
“As incertezas para garantir a produção de veículos é grande com a crise de fornecimento global. Estamos presenciando uma procura por parte dos consumidores para compra de novos produtos, mas não temos unidades para atender à demanda”, comentou Luiz Carlos Moraes, explicando que por isso a Anfavea baseou suas projeções no que é possível produzir e não na demanda interna.
No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a indústria fabricou 1,65 milhão de unidades, o que representa uma expansão de 24% em relação ao volume de 1,33 milhão do ano passado. O volume fabricado até setembro foi puxado em sua maioria pelos comerciais leves (+46,5%) e pelos caminhões (+103,7%).
LEIA MAIS
→Venda de veículos leves segue em queda livre
→Fenabrave revisa projeções e prevê queda na venda de carros
Picape da Mitsubishi ganhou em dimensões, conforto e estilo
SUV da Caoa Chery teve margem bruta de 10,5% e um giro de estoque médio…
Veículo pode utilizar só diesel ou biodiesel, assim como uma combinação dos dois
Exportado para outros países desde 2016, só agora o hatch será vendido no país vizinho
Empresa garantiu US$ 100 milhões para financiar plano de reestruturação, previsto para ser concluído no…
Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…