Ritmo avançou 13% em setembro em uma trajetória de altas e baixas ao longo dos noves meses
Com um desempenho que descreve altos e baixos ao longo de 2021, em patamares que oscilaram entre 20 mil e 40 mil veículos, a indústria argentina anotou em setembro o seu melhor mês de produção.
De acordo com os dados da Adefa, durante 22 dias úteis de atividades, as fábricas locais produziram 43,5 mil unidades, volume 13,5% maior ao de agosto, quando registrou 38,3 mil veículos. No confronto com setembro de 2020, ocasião na qual a produção apurou 32,1 mil unidades, a alta superou os 35%.
Ao somar o resultado do mês passado, a indústria argentina produziu 307,4 mil veículos nos nove primeiros meses de 2021, volume que representou um crescimento de 85,5% sobre as 165,7 mil unidades produzidas no mesmo período do ano passado. Do total acumulado, 123,7 mil foram de automóveis e 183,6 mil de comerciais leves, em altas de 111% e 71%, respectivamente.
Exportações também têm o melhor mês do ano
Diferentemente da produção, as exportações apresentam uma tendência mais evidente de crescimento contínuo. Os 25,2 mil veículos exportados no mês passado, significaram um pequeno aumento de 1,2% sobre agosto, além de também ter representado o melhor volume de 2021. Contra setembro do ano passado, quando os embarques somaram 17,9 mil unidades, a expansão foi de 40,9%.
Até setembro, as remessas de veículos da indústria argentina alcançaram 181,2 mil veículos contra 94,3 mil embarcados um ano antes, uma variação de 92,1%. O Brasil foi o principal comprador com participação de 64,9% (117,6 mil unidades) das remessas, seguido pelo Chile, com 6,7% (12 mil), Peru, 5,7% (10,2 mil), e Colômbia, que absorveu 5% (8,9 mil).
Para Daniel Herrero, presidente da Adefa, apesar das oscilações, os números apresentam melhorias evidentes. “Tanto a produção quanto as exportações marcaram os melhores volumes do ano, resultados de um trabalho que temos feito, além das melhorias de acesso aos mercados de exportação.
Falta de oferta traz as vendas para baixo
Foram nas vendas para as concessionárias que o desempenho mostrou declínio. No mês passado, as fabricantes faturaram para a rede 25,7 mil veículos, quedas de 1,4% em relação a agosto e de 26,7% na comparação com setembro do ano passado, quando foram entregues 35 mil unidades.
Nos nove primeiros meses, porém, os negócios preservaram resultado positivo de 18,9% com a distribuição de 248,5 mil unidades ante 209 mil faturadas um ano antes.
“A queda nas vendas do mercado interno, no entanto, está vinculada às restrições de oferta de produtos, tanto de produtos importados quando nacionais. Ainda que a produção tenha crescido, não foi suficiente para suprir a demanda. Essas dificuldades são ocasionadas também falta de semicondutores e gargalos na logística internacional”, resume Herrero.
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